Maria J. Lourinho
Como quase todos os portugueses, sempre gostei da TAP e tinha orgulho nela; quando, no regresso, entrava num avião TAP, já me sentia em casa.
Não esqueço, porém, que desde o 25 Abril 1974, as greves dos pilotos sempre surgiram nos momentos mais conturbados da vida política portuguesa. Coincidências do caraças...
Agora confesso-me farta da TAP até ao tutano - dos pilotos, dos não pilotos, das administrações, dos que voam, dos que não saem do chão, de todos.
Nos últimos anos dei por mim a dizer: "não venhas na TAP, evita a TAP, e não há outro avião se não da TAP?
As coisas não estão melhores, e depois de muito dinheiro e muita tolerância, eu, como quase todos os portugueses, quero a TAP vendida, quero livrar-me dela, quero que os pilotos se lixem (anunciam agora mais uma greve), e nem me importo de perder o dinheiro todo que lá foi metido. Larguem-me!
Grandes males, grandes remédios, dizia a minha avó e tinha toda a razão.