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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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Última Paragem

14
Nov23

Médico?

Maria J. Lourinho

Li no Expresso de ontem esta conversa de um médico:

Já foi feito lá fora e podemos tentar: greve aos certificados de óbito. São da nossa responsabilidade, só os médicos os podem passar”, lê-se na rede do movimento na Internet. O autor da proposta explica ainda que “não prejudica ninguém porque, enfim, as pessoas já faleceram, não atrasa consultas, não desmarca cirurgias... mas tem potencial para instalar o caos numa semana”. Outra ideia é reforçar a greve de zelo. Exemplos: “Levar imenso tempo a ver os doentes na Urgência. Pedir uma bateria de análises que sature o laboratório e entupa tudo. Pedir ECO, TAC, RM, tudo o que tiver alguma pertinência para o doente e para encravar o processo”.

Penso:

Um médico tem direito à sua luta por melhores condições de vida e trabalho.

A medicina não é um sacerdócio ou uma missão, é uma profissão.

As greves sempre incomodam alguém.

Mas o médico tem que ter uma formação humanista, tem de perceber que o seu trabalho é especial, diferente de todos os outros, tem de ter empatia para com o seu semelhante, sobretudo se ele estiverer fragilizado.

O médico que preconiza “levar imenso tempo a ver os doentes na Urgência” (quando as pessoas já lá passam longas horas), a quem ocorra, sequer, “pedir uma bateria de análises que sature o laboratório e entupa tudo”, lamento dizê-lo, mas é alguém sem escrúpulos que instrumentaliza os seus concidadãos doentes.

Não merece ter carteira profissional. Até porque, realmente, não é médico, é um mero mercenário da medicina.

 

14
Jul23

Senhor Ministro da Saúde, feche o Centro de Saúde de Sete Rios

Maria J. Lourinho

centro-saude2020.jpgSou fã fervorosa do SNS. O Hospital de Santa Maria já me salvou a vida e sempre usei centros de saúde. Porém, agora, fiquei sem médica de família, que se reformou em Outubro. Ainda não tinha precisado, mas hoje, estando doente da garganta, pelas 17h00, procurei uma consulta em Sete Rios. O que presenciei é indescritível de arrogância, desrespeito e falta de rumo.

À entrada, o segurança disse que tirasse uma senha mas que não respondia a mais nada; que fosse ter com os administrativos. Fui. Tinha a senha 200 e ia na 190. Há 6 postos de atendimento, mas só um ia funcionando, ora com um funcionário, ora com outro, que logo se levantava e desaparecia. Consegui dizer que tinha uma situação aguda. Ao fim de 45 minutos, estando em atendimento a senha 191 (louca velocidade no atendimento) foi transmitido aos presentes que as consultas para "agudos" tinham terminado. Quem quiser pode ir ao Hospital da Cruz Vermelha. Disse que queria. Então espere pela sua vez. Deitei rápidas contas à vida e pensei: se, em quase 1 hora só 1 pessoa foi atendida, para chegar à minha vez...não chega! porque isto fecha às 20h00. Disse-o e a funcionária respondeu: se não der, amanhã recomeçamos tudo às 8 da manhã com novas senhas.

Vim embora, com a certeza, agora já sem sombra de dúvida, que o governo socialista!!! quer deixar o SNS para os indigentes, porque só mesmo quem não tem nenhuns recursos se sujeita a isto.

Mesmo com poucos recursos humanos, era possível fazer uma coisa decente, se houvesse um director capaz de organizar minimamente o que existe,  e que percebesse a extrema importância da sua função.

Como notas para abrilhantar a prosa, ainda posso dizer que uma boa parte do telhado é de vidro, o que, nesta altura do ano dá um conforto suplementar.

O dispensador de água não tem copos desde o covid, tem de se pedir o copo ao segurança da entrada, que me deu um copo de café (julgo que) da Delta.

Senhor Ministro da Saúde, feche o Centro de Saúde de Sete Rios que só nos envergonha, e recomece tudo de novo.

Nós não somos gado, e merecemos um tratamento digno. Ao mantê-lo assim, é a sua dignidade que também está a sair lesada.

 

14
Mar23

Escolhas

Maria J. Lourinho

Um velho amigo da minha família teve bastante sucesso financeiro na sua vida de trabalho.

Não gostava de ter dinheiro no banco , preferia investir tudo em "pedra" e terra.

Quando morreu, propriedades havia muitas, dinheiro para o funeral é que foi difícil encontrar.

Medina é ao contrário: tem muito dinheiro no banco mas nós não temos médico, por exemplo; fica mais fácil morrermos.

Espero que, ao menos, FM nunca se lembre de cativar as verbas para o nosso subsídio de funeral.

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