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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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09
Ago24

Pensar política

Maria J. Lourinho

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Sobre os problemas na saúde:

"Leitão Amaro, ministro da Presidência, diz que ninguém de "boa fé" poderia esperar que o atual Governo resolvesse problemas que "3050 dias de incapacidade" socialista ajudaram a agravar."

Observador, 8/8/2024

Tem toda a razão, o moço, só se esqueceu de acrescentar que, na campanha eleitoral, talvez por falta de boa fé, o seu partido praticamente nos prometeu que o faria.

Contudo, não é essa promessa vã que me interessa. Interessa-me a ministra Ana Paula Martins e sua burrice (não , não fujo à palavra). Chegou chamando todos de incompetentes, o que é logo mau sinal, e provou, em pouco tempo, que a tonta é ela.

A demissão mais desastrada foi a do CEO da Saúde. Fernando Araújo, de cuja competência poucos desconfiam,  tinha um ano de trabalho. Sei que graças a ele consegui médico de família quando aceitei pertencer a uma USF a 500 metros daquela onde estava inscrita há anos. Não sei, obviamente, se a sua reforma do sistema iria ter resultados positivos, mas isso não sabe ninguém, porque não lhe deram tempo, nem para fazer, nem para avaliar o trabalho.

Se a ministra fosse uma mulher inteligente, teria pensado muito simplesmente: não gosto dele mas, com o verão à porta, vou esperar para ver; se correr mal, tenho bom motivo para o despedir, se correr bem, salvamo-nos os dois.

Sempre tenho dito, e cada vez mais - as mulheres que chegam ao topo na política, geralmente, pensam como os homens. É por isso que eles lhes permitem que lá cheguem.

Ora, se é para pensar e agir como um homem, prefiro um homem no lugar.

O original é sempre melhor que a cópia.

06
Mar23

Eu queria dizer isto, mas ele já disse

Maria J. Lourinho

O ensino público está há meses perturbado pelas greves. O sistema judicial adia milhares de diligências por força da paralisação dos oficiais de justiça. As urgências médicas da Área Metropolitana de Lisboa tiveram de ser reduzidas por falta de meios, e em zonas como as que são servidas pelo Hospital Beatriz Ângelo, médicos, autarcas e utentes falam com saudades da parceria público-privada que o Governo descartou. No serviço de estrangeiros, desiste-se de emitir autorizações de residência por falta de capacidade de resposta. A CP desdobra-se em greves a cada semana e em atrasos impensáveis sempre que opera.

...

Não se vislumbram indícios de que a tempestade seja passageira. Os sindicatos radicalizaram posições. Não há margem para o diálogo nem para a negociação, onde todos cedem. O Governo tenta apaziguar o conflito e fica à espera de que a tempestade passe. Deixa andar. Age como se tudo fosse normal. Não é. A escola pública pode perder o ano. Os tribunais ficam mais caóticos. Os hospitais afundam-se. O apego à democracia dilui-se. O PRR não faz milagres num país fracturado.

O Governo adora o Estado, mas testemunha a sua pior crise. Não se espera que proíba greves. Não se espera também que prolongue esta atitude passiva. Tem uma missão espinhosa: cumprir a lei e defender o interesse colectivo. Há momentos críticos em que é preciso clareza e coragem. Este é um deles. Pior de tudo, é viver esta crise grave como se nada fosse.

Manuel Carvalho, Público, 6 Março 2023

11
Fev23

Haja saúde

Maria J. Lourinho

Nas nossas sociedades abastadas, há a uma obsessão com os rastreios.

Os nosso velhos têm reformas ridículas, mas podem passar os últimos anos de vida a correr para os médicos para tratar do que precisam, (com grande espera) e do que talvez venham a precisar (rápido e oferecido), por via dos rasteios.

Com tanto tempo ocupado em paragens de autocarro, recolhas, furinhos e espreitadelas, os idosos perdem um pouco mais de qualidade de vida nos dias que lhes restam, mas sempre podem acalentar a esperança de morrer saudáveis. Oxalá!

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