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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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14
Jun24

O ministro dos professores

Maria J. Lourinho

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Tenho a certeza de que o senhor ministro, quando fez este anúncio, com o seu ar sério de catedrático minhoto, não pensou que estava a contar uma anedota, mas juro que foi assim que interpretei.

Só pode ser anedota porque, ninguém que hoje em dia conheça as escolas, o seu funcionamento, os alunos do terceiro milénio, e a vida dos professores, pode entender como coisa séria uma proposta para lecionarem até aos 70 anos por mais 750 euros BRUTOS.

Os professores sexagenários que ainda estão no activo, contam os dias para a reforma, e temem não conseguir chegar lá, tal o desencanto, a impotência, mas sobretudo o cansaço.

E já nem falo nos aspectos nefastos para os alunos, com escolas cheias de professores que podem ser seus avós ou bisavós, verdadeiras brigadas do reumático, incapazes de os entenderem ou acompanharem.

Entre os muitos milhares de professores, haverá alguns poucos que se sentem capazes de continuar, mas a maioria, perante tal proposta deve sentir que está a ser gozada depois de ter sido esfolada.

14
Jan23

Uma greve, como todas as lutas justas, não pode cair no vale tudo.

Maria J. Lourinho

Excertos do editorial do Público, hoje, por Manuel Carvalho, com que muito concordo

...
Esta greve começa a fraquejar com a falta de proporcionalidade. Os professores estão numa guerra de poucos custos para os próprios e com danos máximos para a escola pública. A greve self-service é uma estratégia de valentões: perde-se a remuneração de um tempo lectivo e sem verdadeiramente ir à luta consegue-se fechar uma escola. É guerra de guerrilha, embora sem heróis românticos. Os professores estão condenados a perdê-la e a delapidar o seu capital de prestígio.

...

Os professores têm de ser valorizados, os seus poderes na escola e no sistema têm de ser reforçados, as suas carreiras têm de ser dignas e justas. Têm de ser vistos como a mola fundamental para a coesão, a justiça social e o progresso do país. Estamos de acordo.

A justeza destas reivindicações não autoriza golpes sindicais, nem greves oportunistas. Ao seguirem esta via da greve às pinguinhas, que causa danos profundos e prolongados com custos mínimos para si próprios, os professores alimentam um estigma que os perseguirá. Uma má notícia para os seus interesses, uma péssima notícia para a educação.

12
Dez22

Diabinhos do meu altar

Maria J. Lourinho

Segundo o Expresso online, Macelo foi hoje a uma escola de Ourém, onde aproveitou para se solidarizar com a greve de professores, amanhã, promovida pelo sindicato STOP (direita mas com pouca representação).

Pergunto-me se ser activista sindical, para além de comentador e adepto, também passou a integrar as funções presidenciais na óptica de MRS. Pelos vistos, sim.

Quem por aqui passa, sabe que não morro de amores nem pelo Ronaldo nem pelo Marcelo, que são santinhos do altar dos portugueses. Por isso, criticar qualquer um deles é ficar à mercê de apupos e outras coisitas mais.

A Ronaldo reconheço a capacidade de atleta, a Marcelo sempre reconheci a capacidade de intriga. As suas personalidades não me são simpáticas e de modo algum me dão orgulho.

Por isso penso muitas vezes - raios que me partam, a mania que eu tenho de ser do contra!

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