Maria J. Lourinho
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Olhando a campanha eleitoral, já em curso, para as eleições de 10 de Março, e como criatura que gosta de política desde que se conhece, não consigo encontrar lógica nas posições do PCP e do Bloco, mas sobretudo do primeiro.
O povo de esquerda, duma maneira geral, gostou de geringonça, mas estes dois partidos estão convencidos que foi ela a sua desgraça. Não foi! Foi o medo do Chega que levou tanta gente a votar PS mesmo que a contragosto.
E agora talvez se repita o mesmo cenário. Com as sondagens a apontarem ganhos exponenciais do Chega, o que fazem os partidos à esquerda do PS?
Bom, o PCP jura que geringonça nunca mais, e o Bloco diz que é preciso uma maioria com um “programa para Portugal” e um Governo que dê “certeza de o aplicar”.
“Um programa para Portugal”, temo que, como habitualmente, o Bloco pense que é o seu, e só o seu. E se não for, terá um bom argumento para dizer que, "em consciência", não pode ajudar. (Cheira-me a jogo de toca e foge).
O que diz Pedro Nuno Santos? Não jura nada, mas afirma que a geringonça foi boa e parece disposto a repetir a experiência se necessário.
Posto perante este quadro, o que fará o tal povo de esquerda?
Vota PS, claro, não por amor ou convicção, mas para esconjurar o medo e para alimentar a esperança.
Eu?
Voto LIVRE!
Está dito e não conto repetir. Ou talvez repita, sei lá.
Boa semana.