Regresso ao passado
1988 2024
Eu cá acho que não é Cher quem quer, só quem pode.
Mas, pronto, cada um, ao menos, despe o que quer!
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1988 2024
Eu cá acho que não é Cher quem quer, só quem pode.
Mas, pronto, cada um, ao menos, despe o que quer!
Tribo mursi, Etiópia
Neste tempo de pouca roupa, observei, com curiosidade, a hiperdecoração dos corpos que me passavam diante dos olhos.
Tatuagens grandes, pequenas, médias, de (quase) corpo inteiro, ou as que quase só nos espreitam de algum local mais recôndito, pestanas postiças que parecem leques, lábios com micropigmentação que lembram corações adoentados e sobrancelhas tão feitas a régua e esquadro que mais parecem um trabalho saído duma aula de geometria.
Porém, o meu maior espanto sempre aconteceu com as unhas - enormes, com decorações singelas ou bizarras são, em ambos os casos, elementos externos que dificultam o bom desempenho das mãos.
Nesta era cada vez mais digital, as mulheres ficam com dificuldade em digitar. Não é estranha a opção?
A continuar assim a moda, ainda chegaremos aos hábitos dos nativos africanos que metiam discos no lábio inferior, como o da imagem. Nunca percebi como falavam ou comiam, o que me causava infantil aflição quando via as imagens da colecção de cromos "Raças Humanas".
Excessiva, feia, antinatural, kitsch, assim é a moda feminina deste final de quarto de século.
Felizmente, agora, a moda também é o que cada uma de nós quiser. Para mim, ninguém definiu melhor elegância que o designer Armani.
Perguntado o que é para ele uma mulher elegante, respondeu: é aquela que, quando entra numa sala, ninguém dá por ela mas, quando sai, toda a gente pergunta quem era aquela mulher.
Procurei sempre fazer da opinião de Armani uma norma de vida. Mas já não se usa, eu sei.
Esta moda dos vestidinhos pelo meio da canela e atados pela cintura faz as velhas que a têm grossa (a cintura, claro, nada mais) ficarem muito elegantes, airosas e remoçadas.
Aijasus!!!