Lúcia
A minha amiga Lúcia, leitora e comentadora fiel, faz hoje anos.
Ao contrário da Helena, de quem falei há poucos dias, conheço a Lúcia quase desde que nasci. Nascemos na mesma terra, os nossos aniversários são coladinhos no calendário e a quantidade de vida vivida também é a mesma. Por isso, desde sempre a Lúcia brincou comigo dizendo - “somos quase gémeas”. E ria.
A Lúcia sempre riu, ou sorriu, bastante. E também desde sempre falou muito. A particularidade para o riso e para a fala é que ela faz tudo isso em triplicado, isto é, com a boca, com os olhos e com as mãos. São uns “faladores” os olhos da Lúcia, e por eles passam todos os sentimentos, sempre bem acompanhados dum gesticular de mãos pequeninas, brancas e delicadas.
Os últimos anos não têm saído bons para a saúde desta minha amiga, mas ela é corajosa, quase estoica, e cavalga qualquer onda que se lhe atravesse no caminho.
Na vida, já nos perdemos, já nos encontrámos. Agora, ela sabe que eu estou aqui e eu também sei onde ela está, para o resto das nossas vidas.
Sendo certo que o facto de nos conhecermos desde crianças ajuda bastante, eu continuo a acreditar no Vinícius que dizia − Amigo(a) a gente não faz, Amigo(a), a gente reconhece. E isso faz toda a diferença.
Um grande beijo de parabéns, Lúcia. E muita saúde.