Tralhas
O logotipo que aqui se reproduz, foi encomendado pelo governo ao prestigiado designer português Eduardo Aires.
Teve ampla exposição a quando das Jornadas Mundiais da Juventude mas as críticas só começaram a surgir depois da demissão de António Costa.
Este logotivo não pretende abolir os anteriores símbolos, nem pertence a mais ninguém, a não ser ao governo. Não é símbolo do país nem da nação. É símbolo do governo, apenas.
"A intenção do Eduardo Aires Studio foi criar um logótipo que se comportasse correctamente segundo as especificidades de cada canal de comunicação, seja o email ou a newsletter, seja o PowerPoint ou um post numa determinada rede, a pensar na sua legibilidade num computador, telemóvel, mupi ou em qualquer outro dispositivo ou evento.", leio.
Simples e fácil de entender, não?! E faz-se por essa Europa fora, mas este pedaço de Europa continua puxado a asnos.
A direita indigna-se. Que importa que a imagem seja "inclusiva, plural e laica", fácil de usar e identificar, se não tem “os sete castelos, as cinco quinas, as chagas e a esfera armilar” da bandeira nacional?
Assim, Montenegro já anunciou que vai retir o logotipo de circulação, e que faremos mais um regresso ao passado com toda a tralha nacionalista já referida.
Deixo um conselho: se à referida tralha puderem juntar um negrinho com uma corda ao pescoço fica ainda mais realista e, certamente, mais do agrado dos nacionalistas de pacotilha e dos guardiões dum passado conservado em formol - que são agora os novos "donos disto tudo".
Depois não digam que eu não faço crítica construtiva.