A montanha Fosse
Jon Fosse foi Nobel da Literatura no ano passado. É norueguês.
São 300 páginas de uma toada sobre a vida, o passar da vida, o mar, o fiorde, o frio, a neve, a solidão, o alcoolismo, a arte, o amor, a amizade, as lutas individuais, Deus, a morte.
A toada às vezes é bela, ás vezes é mística, quase sempre é melancólica, e muitas vezes é chata de tão repetitiva.
É preciso ter paciência, sim, e não foi fácil a leitura.
Dentro dela, eu própria me senti, frequentemente, às voltas no fiorde, sobre a neve e com frio.
No fim, não fiquei convencida de ter lido um livro inesquecível, mas ficou a satisfação de ter chegado ao fim, ainda que muito cansada e com falta de oxigénio, como se tivesse conseguido escalar uma enorme montanha. Nevada, é claro.