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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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Última Paragem

24
Ago24

Ainda que mal pergunte

Maria J. Lourinho

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Num dia desta semana, o telejornal da noite da RTP3 ofereceu um belo tempo de propaganda a uma criatura com uma alta patente israelita. Vinha fardado e tudo, falava português do Brasil, e gastou todo tempo a divulgar mais uma vez a cartilha de Netanyahu, do tipo - temos que bombardear escolas porque os terroristas escondem-se lá - e eu tive muita pena que a jornalista não lhe tivesse perguntado: ó seu grande animal, então se um terrorista entrar na escola do seu filho, quando ele está na aula, a solução para o problema é bombardear a escola?

Mas não, a Maria continuou sereníssima.

07
Ago24

Em dias de chumbo

Maria J. Lourinho

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Nestes dias, em que todos esperamos com alguma ansiedade, quando não medo, o ataque do Irão a Israel, e talvez para libertar ansiedade, tenho-me lembrado da história de um conhecido:

Perante as queixas da sua mulher sobre o comportamento do filho, e querendo satisfazer a mulher mas com pouca vontade de castigar o filho, voltou-se para este e disse: vai lá andando para o quarto que eu já vou lá bater-te.

Em dias de chumbo, um pouco de humor ajuda sempre.

15
Abr24

Partir a loiça toda

Maria J. Lourinho

Screenshot_20240414-161059_Instagram.jpgPensará Israel que pode, eternamente, partir a loiça toda dos outros, e ficar com a sua baixela intacta?

Se calhar pensa, já que há 70 anos que faz o que quer.

Acontece que os tempos e os ventos mudaram,  e levaram o centro do mundo para os lados dos que não têm nenhuns complexos de culpa para com os  judeus. 

E, como Israel, também não têm escrúpulos. 

14
Mar24

O fim da moderação e sensatez

Maria J. Lourinho

 

Candice.jpg

A directora de um museu alemão cancelou, em Novembro, uma exposição programada da fotógrafa Candice Breizt.

Esta nasceu na África do Sul e é judia.

Sendo judia, ousou, como tantos outros artistas e meros cidadão de Israel, criticar a actuação do seu governo em Gaza. Por isso, escreveu numa rede social:

“a punição colectiva de um povo já profundamente oprimido não resgatará as vidas tragicamente perdidas durante o ataque do Hamas, nem contribuirá para a segurança dos judeus no longo prazo”; ou ainda que “é possível defender a luta dos palestinianos por direitos básicos e dignidade humana – incluindo a sua libertação de décadas de opressão –, e condenar inequivocamente a horrenda carnificina executada a 7 de Outubro e o cruel estrangulamento a que o Hamas submete a população civil de Gaza”.

Pode haver pensamento mais sensato e equilibrado? Pois! Hoje em dia, equilíbrio e sensatez não são bem vindos, e a exposição foi cancelada.

Resta saber se tanto brio e rigor censório veio da directora do museu, que também foi agora despedida, ou da própria Ministra da Cultura.

Uma coisa é certa: neste nosso belo mundo das democracias liberais, Israel é inatacável, mesmo que seja um judeu a fazê-lo e com muita ponderação.

Como devemos chamar a isto? Estão-me a faltar os termos...

 

O excerto do texto usado é do Público

A foto é um trabalho da artista  Candice Breizt

23
Out23

Mortos são mortos

Maria J. Lourinho

Se crimes de guerra são sempre crimes de guerra, seja qual for o lado, os mortos também são sempre os mortos de alguém, filhos de alguém, irmãos de alguém, pais de alguém, amores de alguém, seja qual for o lado onde caem.

As fotos de cerca de mil civis e soldados israelitas sequestrados e assassinados pelo Hamas foram colocadas nos lugares vazios na plateia de um auditório da Universidade de Telavive, em Israel, como forma de homenagem. Uma bela homenagem.

Ainda bem que uma das partes envolvidas no conflito ainda tem o auditório inteiro, coisa que TODOS merecem.

Bem como TODOS merecem ser chorados.

jornalexpresso_1697991394653.jpegImagem do Expresso

22
Out23

Dear Paddy

Maria J. Lourinho

2023-10-21 12.46.32.jpg

Eles não humilham só palestinianos. Começam a humilhar-nos a nós e aos nossos representantes, que já se vão mostrando, ora de calças caídas, ora silenciosos, perante todas as exigência dementes do governo de extrema-direita israelita.

Paddy Cosgrave era-me indiferente. Comecei a gostar dele por não se ter esquecido dos sempre esquecidos. Espero que, agora, e face à pressão exercida, não recue tanto que lhe possamos ver o summit, perdão, as ceroulas, como já vimos as das Ursula, as da Metsola, as do Sunak e em breve as do Macron.

Força, Paddy. Segura os jeans.

 

Pois, não segurou.

Escrevi este pequeno texto no sábado a propósito da notícia sobre o cancelamento que Israel e muitas empresas tecnológicas fizeram da próxima Web Summit em Lisboa, devido a publicações que o seu director executivo fez no X. Escreveu ele uma coisa elementar:Crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando são cometidos por aliados, e devem ser chamados exactamente pelo que são” .

Face ao sururu e debandada, o pobre ainda veio pedir desculpa, sabe-se lá do quê, mas não se salvou.

Esta“cultura de cancelamento” que, por aqui, conhecemos bem porque nela vivemos 48 anos, não passa de censura pura e dura, por querer calar quem tem opinião diferente. 

E consegue, está a conseguir! E como está pujante, a "cultura".

Mas alguém ainda não percebeu que é o diabo que ela traz no ventre?

13
Out23

David Grossman, Israelita e Escritor 2

Maria J. Lourinho

Neste blogue, por três vezes falei do escritor israelita David Grossmann, homem e escritor que muito admiro.

Hoje, interessou-me revisitar este post depois de ter lido o seu excelente texto, a propósito de 7 de Outubro, que o Expresso publica em exclusivo em Portugal.

Como o artigo é aberto, isto é, não é apenas para assinantes, deixo o link para quem se possa interessar.

É a visão de um homem bom, pacifista, israelita. Acresce que perdeu um filho numa das muitas guerras e escaramuças entre israelitas e palestinianos.

Boa leitura.

https://expresso.pt/opiniao/2023-10-13-A-analise-do-aclamado-escritor-nascido-em-Jerusalem-Depois-da-guerra-Israel-sera-muito-mais-de-direita-militante-e-racista-8ebf745c

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