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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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Última Paragem

24
Ago24

Ainda que mal pergunte

Maria J. Lourinho

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Num dia desta semana, o telejornal da noite da RTP3 ofereceu um belo tempo de propaganda a uma criatura com uma alta patente israelita. Vinha fardado e tudo, falava português do Brasil, e gastou todo tempo a divulgar mais uma vez a cartilha de Netanyahu, do tipo - temos que bombardear escolas porque os terroristas escondem-se lá - e eu tive muita pena que a jornalista não lhe tivesse perguntado: ó seu grande animal, então se um terrorista entrar na escola do seu filho, quando ele está na aula, a solução para o problema é bombardear a escola?

Mas não, a Maria continuou sereníssima.

15
Abr24

Partir a loiça toda

Maria J. Lourinho

Screenshot_20240414-161059_Instagram.jpgPensará Israel que pode, eternamente, partir a loiça toda dos outros, e ficar com a sua baixela intacta?

Se calhar pensa, já que há 70 anos que faz o que quer.

Acontece que os tempos e os ventos mudaram,  e levaram o centro do mundo para os lados dos que não têm nenhuns complexos de culpa para com os  judeus. 

E, como Israel, também não têm escrúpulos. 

12
Jul23

Zelensky e o mau feitio

Maria J. Lourinho

Declaração de princípio:

Nesta guerra Rússia-Ucrânia, não tenho a menor dúvida de que lado me posiciono - do lado do invadido contra o invasor.

Porém, do lado do invadido, nem sempre fico confortável com o que diz Zelensky. Agora, na cimeira da Nato em Vilnius, ficou muito agastado por não vislumbrar uma entrada rápida na organização, demonstrando azedume e mau feitio.

Percebo o seu desejo, mas escusava de  expressar tão claramente a sua frustração.

Porque há regras que todos têm de cumprir, e uma delas é que o país a admitir não esteja em guerra.

Percebo (sei) também, e por outro lado, que para Zelensky, tratados, acordos e regras nunca foram coisas a que desse muita impotância.

É óbvio que o ocidente  deve ajudar a Ucrânia mas, pessoalmente, não confio em Zelensky para o pós-guerra. É que não é só mau feitio; trata-se de ética.

E estamos a armar a Ucrânia até aos dentes.

Estou preocupada, sim senhores!

25
Jun23

Acho que foi e será assim

Maria J. Lourinho

Era uma vez um perigoso assassino a soldo, que comandava outros assassinos a soldo. Era tão perigoso que até se chamava Prigozhin. Quem pagava o soldo era outro perigoso assassino, chamado Putin que, seguindo a trdição onomástica russa, deve ser filho de uma qualquer Putina.

Eram amigos. Dividiam pilhagens, prazeres gastronómicos e faziam a mesma guerra.

Nesta última, o perigoso Prigozhin começou a sentir-se "apalpado" pelos amigos do filho da Putina, e não gostou.

Avisou, avisou, mas não lhe deram ouvidos. Cansado de dizer "agarrem-me se não eu vou lá" agarrou em si e em muitos outros e pôs-se a andar para a capital. Rápido, rápido, mas não se sabe o que ia fazer, só que estava um bocado chateado.

No caminho, parou um pouco a descansar debaixo de uma árvore, conversou com outros homens e deve ter bebido alguma coisa por causa do calor e da marcha acelerada.

Foi então que um certo criado do filho da Putina, Lukashenko, mandou o bigode à frente, apartou os perigosos assassinos e disse:

Ó perigoso Prigozhin, vamos lá a acabar com as birras. Anda daí comigo para minha terra, vives lá bem e o filho da Putina até manda dizer que esquece tudo porque os verdadeiros amigos devem-se perdoar.

Tá bem, diz o perigoso Prigozhin, eu vou.

E pronto, assim acabou a guerra que não começou, isto é, em paz e harmonia. Acho que foi assim, pelo menos foi o que eu percebi do que me contaram.

Quanto ao que será, quando deito búzios, cartas ou Tarot, vejo sempre, num futuro não muito longínquo, o perigoso Prigozhin a escorregar na banheira e a bater com a cabeça.

Ora, búzios, cartas e Tarot também me estão a parecer perigosos assassinos, ou sou eu que já estou a ver tudo vermelho.

Ainda vou experimentar a deitar runas.

23
Fev23

Absurdo

Maria J. Lourinho

Às vezes tenho pensamentos que até a mim me parecem absurdos.

Desta vez, quer-me parecer que a comunicação social anda há uma semana a CELEBRAR o primeiro aniversário da guerra na Ucrânia, e a desejar que a Rússia, amanhã, o celebre também com grande "fogo de artifício". 

Pode lá ser!

Por causas destes abursos pensamentos, tenho ganas de ralhar a mim própria. Ai, ai, ai.

06
Fev23

A Vida Brinca Comigo, David Grossman

Maria J. Lourinho

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David Grossman é actualmente um dos meus autores favoritos.

Israelita, pacifista, defensor dos dois Estados, profundamente humano, brilhante escritor.

Aqui nos conta, no essencial, uma historia verdadeira, embora tivesse tido autorização para fantasiar. É a história de Vera, (na vida real Eva),judia croata, que passa 3 anos num campo de “reedução” de Tito, na Jugoslávia, acusada de ser estalinista.

Estes 3 anos, e as suas consequências nas vidas das personagens, são narrados sem dó nem piedade, e Grossman leva-nos pela mão ao encontro do mais puro e inexplicável amor, aquele que exclui tudo o resto, e da mais refinada malvadez, a que exclui qualquer resquício de humanidade.

Vera e a sua filha Nina são personagens inesquecíveis. Pelos seus corpos e mentes passou o pior do mundo, passaram também os anos, mas elas, no fundo, nunca desistiram da redenção.

 

05
Jan21

Meio Sol Amarelo, Chimamanda Ngozi Adichie

Maria J. Lourinho

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Mais de 700 páginas com cheiro a África. Romance de grande fôlego para uma tão jovem mulher. A Nigéria e o Biafra, com a respectiva guerra, são o pano de fundo onde se cruzam amores, traições amorosas, perdão, política, sofrimento, amizade, fé numa causa, atrocidades e crescimento pessoal.

Uma viagem no tempo e no espaço num comboio conduzido com honestidade e segurança.

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