Maria J. Lourinho
Gaza e Afeganistão
Com o seu arzinho frágil, mas simultaneamente ridículo quando ensaia uma corridinha para mostrar que é novo, o presidente Biden não passa de um político belicoso e desumano.
Começa o mandato com uma saída vergonhosa do Afeganistão, quando deixa para trás, depois de o levar para uma guerra que não conseguiu ganhar, um país que quase o não é, com milhões sem condições de sobrevivência e uma sítuação inenarável para as mulheres.
Continua com a guerra na Ucrânia, onde nunca deu alento às iniciais conversações de paz. Ao contrário, prometeu tudo e mais um par de botas a Zelensky, inclusivé a glória eterna, como se tudo, sempre, dependesse da sua exclusiva vontade. Como já todos sabíamos, o próprio incluído, não depende.
Finalmente, é incapaz de subscrever, sequer, um cessar-fogo mínimo e temporário em Gaza que pare o massacre bestial do povo palestiniano.
Acredito que Trump ganhará as próximas eleições nos EUA e que o mundo ficará ainda mais perigoso, mas a alternativa Biden tem sido uma profunda decepção. É um falcão disfarçado, perdedor óbvio que, no seu mandato, não trouxe nem um minuto de esperança, futuro ou paz para a humanidade.
Pior é sempre possível? É, claro que sim, mas um futuro de furacões não alivia um presente de fogo posto que se deixa arder.