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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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Última Paragem

09
Jul24

Como é que ela chegou aqui?

Maria J. Lourinho

 

 

 

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Dentro (e no alto) da sua bolha, vive Lucília contra o mundo, os ignorantes, os pecadores, os cabalistas e, às vezes, sente-se oráculo de Deus.

Na entrevista de ontem à RTP, reconheci alguém que vinha dos confins da ditadura, com todos os seus tiques bem estranhados na mente, sem empatia, com um inimigo em cada esquina.

Respaldada no Chega, que a apoia em tudo, assume toda a sua arrogância e temperamento antidemocrático.

Para ela "o inferno são os outros", e é hábil a manejar o chicote.

Um susto que ainda vai durar mais três meses.

Livrai-nos, senhor!

30
Dez23

Hoje, também quero acreditar

Maria J. Lourinho

 

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Quase, quase, no fim de um ano mauzito, sinto-me, frequentemente, à espera de um ano mauzão, e de um futuro sem futuro. Estas palavras da escritora Lídia Jorge, em entrevista dada hoje ao jornal Públicio, são uma espécia de inesperado agasalho em dias de gelo.

E com elas termino o ano, desejando a todos que, afinal, 2024 não seja o ano mauzão.


"Acredito que há coincidências surpreendentes que salvam as coisas. Não é que salvem a vida individual, mas a humanidade. Mesmo neste momento infernal que estamos a atravessar, tenho ideia de que qualquer coisa muito boa tem de acontecer, porque há uma espécie de lei de saturação do mal. Até na Segunda Guerra Mundial, sobre o cadáver de tanta gente, houve o futuro. Custa muito crer nisto, mas a História é isso mesmo: uma catástrofe contínua, com intervalos."

02
Mar23

Posse de Bola

Maria J. Lourinho

Para uma boa parte dos jornalistas das nossas televisões, fazer uma entrevista já não é aquilo que costumava ser; passou a ser uma disputa.

Fazem perguntas que não são perguntas, são dissertações, interrompem constantemente, falam por cima do entrevistado.

Ontem, ao fazer zapping, caí dentro duma espécie de alçapão, chamado grande entrevista de Vitor Gonçalves. A “vítima” era Helena Roseta, mulher interessante, interessada e sabedora dos assuntos da habitação. Fiquei muito interessada em ouvi-la, mas isso revelou-se impossível, antes gerou em mim uma irritação que me levou a sair dali frustrada e indignada.

Além do mais, vi um espectáculo de indelicadeza da RTP para com a pessoa que convidou.

É como se eu fosse convidada para jantar e o anfitrião não me deixasse comer, só me deixasse petiscar, e poucochinho.

Gostaria muito que os responsáveis destas coisas, ainda mais no canal público, aquele que tudo sabe sobre as estatísticas do futebol, tivesse também um cronómetro para medir “a posse de bola” do Vitor Gonçalves que deve bater por muito a do entrevistado.

Ao menos no futebol, a posse de bola serve para tentar jogar e ganhar. Nestas entrevistas não serve para nada, a não ser para o jornalista se exibir, e creio que uma tal estratégia entrevistadora não se aprende nem nas mais modernas e liberais escolas de jornalismo.

Ver televisão tornou-se um inferno. Felizmente, cada vez o frequento menos.

PS. Vitor Gonçalves é apenas um mau exemplo, como ele há muitos outros.

 

18
Nov22

Cristiano Ronaldo e a Princesa Diana

Maria J. Lourinho

Cristiano Ronaldo e a Pirincesa Diana são dois ícones mundiais.

As similitudes não ficam por aí. Para ambos chegou um momento em que,  para se libertarem dos compromissos assumidos que já não os satisfaziam, ambos escolheram a pior forma de libertação - dar uma entrevista a uma televisão em que se apresentam como vítimas de terceiros que os traíram.

A cena não foi bonita com a princesa, nem é bonita com o jogador de futebol.

O ícone Diana mantém-se, e manter-se-á, porque ela morreu jovem e aos que morrem jovens (dizem que são os que os deuses amam), tudo se perdoa e se esquece.

Vejam-se os casos de Maryline Monroe, Kurt Cobain, Elis Regina, Freddy Mercury, Amy Winehouse, Jim Morrison, James Dean, etc.

Desejando sinceramente que Cristiano não tenha um destino trágico que, em consequência, o conserve na memória colectiva assim belo, jovem, e bom no seu métier, prevejo que ele cairá do pedestal em breve.

Sem que ninguém o empurre e, na minha opinião, merecidamente.

 

 

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