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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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08
Mar24

Dia Internacional da Mulher

Maria J. Lourinho

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Ano da graça de 2024! O que nós andámos para aqui chegar.

Nos últimos 50 anos, desde Abril, os progressos foram gigantescos e, às jovens mulheres de hoje, felizmente, nem passa pela cabeça a ausência de direitos que, sucessivas gerações das suas parentes, viveram em Portugal.

No mundo, nem se fala.

Estamos, porém, ainda longe da igualdade de géneros; não na lei, mas nas cabeças, mesmo nas cabeças dos mais empedernidos homens feministas.

A imagem que reproduzo é um exemplo claro do que digo.

Encontrei-a numa rede social e é a parte da frente de uma t-shirt, vestida por um homem, feminista, defensor da completa igualdade de géneros e apoiante do BE.

Quem assistiu ao debate televisivo entre Mariana Mortágua e André Ventura, lembra-se, talvez, de este último ter dito - “posso interrompê-la?” ao que Mariana, prontamente, respondeu - “não, não pode” (o que está reproduzido na t-shirt).

Este diálogo seria considerado banal entre opositores em debate, se estes fossem dois homens; feiamente agressivo se fosse entre duas mulheres. Se tivesse sido dito ao contrário, dir-se-ia que Ventura era mal educado e misógino ( o que é verdade), tendo sido dito por uma mulher ao Ventura, virou bandeira de feminismo. Porquê? Porque não é suposto uma mulher responder ao Ventura como qualquer homem. Isso não acontece nem na cabeça do mais sólido feminista. Se uma mulher, em confronto, é firme, segura, e até, quiçá, um pouco grosseira com um homem, e o manda calar, merece a cara numa t-shirt.

Acrescente-se-lhe, num canto da dita t-shirt, a mesma heroína montada numa mota, e temos um estereotipo todo virado do avesso, mas estereotipo na mesma.

Como disse lá em cima, a igualdade de géneros entrou na lei mas não nas cabeças, mesmo nas que estão cheias de boas intenções.

Mulheres do meu país: a luta continua.

08
Mar23

8 de Março

Maria J. Lourinho

mulheres.jpg 2.jpg

Não é para achar normal que ele marque mesa num restaurante da moda, ofereça flores, chocolates, jóias ou almofadas em forma de coração, e fique à espera de uma boa noite de sexo.

É para lembrar que temos de ser iguais, completamente iguais, em direitos e deveres, e ainda não o somos.

É para pensarmos globar e apoiar como pudermos as lutar das mulheres e meninas do Afeganistão, Irão, África e de quase todas as outras partes do mundo onde mulher é menos que bicho.

É para recordar quanto caminho já andámos, quantas lutas já ganhámos, e tomar consciência de quanto nos falta alcançar.

É para transmitirmos isto às meninas que vão nascendo depois de nós como quem passa uma jóia de família de geração em geração.

É para nunca nos esquecermos de educar os rapazes para serem feministas.

É para fazermos tudo isso contando umas com as outras e também, sempre, com os nossos homens.

Viva o 8 de Março, o dia Internacional da Mulher!

(consagrado pela ONU em 1975. Só viria a ser oficialmente reconhecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas, através da Resolução 32/142. em 16 de Dezembro 1977).

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