Clássico é
“O clássico ultrapassa os limites temporais, retém um significado para as épocas vindouras, vive. Emerge, ileso, do processo de ser posto à prova dia após dia.
Embora atravesse épocas obscuras, a sua continuidade não se quebra. Ultrapassa mudanças históricas, até sobrevive ao beijo da morte da sua consagração por parte de fascismos e ditaduras.
Algo continua a impressionar-nos nos filmes propagandísticos de Eisenstein para os comunistas soviéticos, ou nos de Leni Riefenstahl para os nazis.”
Irene Vallejo
O Infinito num Junco
E se isto é verdadeiro para filmes, livros, ballet, etc., não o é menos para um conjuntinho Chanel.
Este pequeno excerto que escolhi quase não tem que ver com o livro citado, mas gostei dele. Sobre o livro propriamente, O Infinito num Junco, de que a minha amiga Helena tanto gostou, eu posso dizer que apenas gostei.
É um hino ao livro, às bibliotecas, e um documento importante que faz a história de ambos, enquanto nos leva numa viagem ao passado, ao nosso passado comum, revisitando gregos, romanos e o grande Alexandre.
Porém, encontro no livro o defeito que encontro em quase todos os livros e autores espanhóis – é palavroso, demasiado longo, o que o faz, em alguns momentos, chato.
Mas eu sou a tal que acha sempre que menos é mais.