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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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Última Paragem

28
Set23

Se isto é um escritor...

Maria J. Lourinho

Nota prévia: eu não quero transformar este blogue numa compilação de Crónicas de Escárnio e Maldizer mas, como diz o povo, "as coisas são o que são" e "dos felizes não reza a história". Portanto, lá vai.

O título deste post vampiriza o título de um grande livro de um grande escritor - SE ISTO É UM HOMEM, de Pimo Levi, mas foi a frase que me veio à cabeça quando li, no Instagram da Bertrand Livreiros, um post com o seguinte texto:

"Gostei de colocar a hipótese de os livros serem como bichos. Isso faz deles o que sempre suspeitei: os livros são objectos cardíacos. Pulsam, mudam, têm intenções, prestam atenção. Lidos profundamente, eles estão incrivelmente vivos. Escolhem leitores e entregam mais a uns do que a outros. Têm uma preferência. São inteligentes e reconhecem a inteligência."

valter hugo mãe, in Contos de cães e maus lobos

E pergunto-me: como se pode escrever tanta parvoíce, tanta vacuídade e ter o beneplácito do meio?

O que são objectos cardíacos? Os livros escolhem os leitores como? a olho? Se eu e o valter escolhermos o mesmo livro ele "entrega"  mais ao valter do que a mim? O que posso fazer para ele me "entregar" mais do que ao valter? Ando à briga com o valter? E o que é isso da "entrega"? é dos CTT Expresso?  E se o livro não me achar inteligente? O livro tem preferência assim como, por exemplo, eu prefirir o pastel de nata sem canela, é isso?

Esta escrita não é só uma mão cheia de nada. Entra já no reino do absurdo.

Costumo dizer que mais vale ler livros maus do que não ler nada. O valter deixa-me a milímetros de mudar de opinião.

 

 

 

04
Mai23

Leitura rápida

Maria J. Lourinho

bertrandlivreiros-photo-2023_05_04_17_31.jpg

Amos Oz é um dos meus escritores, e tinha muita razão no que aqui dizia.

As pilhas de livros lidos em pouco tempo, e devidamente fotografadas, nunca me entusiasmaram, ao contrário, desconfio. É que "o mundo não pode ser descoberto numa leitura rápida".

Aprendemos isso com o passar dos anos. E dos livros.

PS: foto do Instagram

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