Acabou o pano na Gulbenkian
Por esta altura, a Fundação Gulbenkian, apresenta três exposições: uma sobre uma mulher muito importante na vida da Fundação - Madalena Perdigão - uma outra que é um original diálogo entre a escultura de Rui Chafes e a do muito popular Alberto Giacometti, artistas que nunca se cruzaram, visto que Chafes nasceu no ano em que Giacometti morreu (1966), e, finalmente uma exposição com peças da colecção moderna, intitulada "Histórias de uma Coleção".
Quando lá estive, no domingo, havia uma muito simpática fila para entrar nesta última e ninguém para a de Chafes/Giacometti.
Pois, não admira. Quem passa por fora do edifício central apenas vê um grande pano (que se reproduz aqui em imagem) a anunciar a "favorita"; as outras, nem existem.
Que raio de estatégia de comunicação tem a Gulbenkian? Ou será que tem filhos e enteados? Ou será que acabou a verba para o pano dos pendões? Ou será que se lhe acabou a vergonha com este director, Benjamin Weil, a exercer funções desde 2020, e que se revelou um homem de tão apurada sensibilidade que, na ausência de edifício da colecção moderna, resolveu plantar contentores no belíssimo jardim para neles espreitarmos uns videozinhos?
Se calhar, tudo isso e mais alguma coisa de que me esqueci, ou nem vislumbro.