Flocos de neve
"E estará esta nova visão do mundo que diz que precisamos de um psicólogo sempre à mão ligada à “geração floco de neve”, os que nasceram entre os anos 1990 e o início dos 2000?
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A expressão começou por se referir aos millennials “demasiado convencidos do seu próprio estatuto de pessoas especiais e únicas para serem capazes (ou se darem ao trabalho) de lidar com as provações e dificuldades normais da vida adulta”, e passou a aplicar-se a toda a geração.
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terá sido Claire Fox quem, dez anos depois, popularizou a expressão “geração floco de neve” no livro I Find That Offensive!, referindo-se à sensibilidade exacerbada, ao “sentido inflacionado de singularidade e sentido injustificado de direito” de uma geração “demasiado emocional, facilmente ofendida e incapaz de lidar com opiniões contrárias”.
Bárbara Reis, Público
Finalmente percebi: eles chegaram à idade de entrar no mundo do trabalho e inundaram as nossas lojas, cafés, restaurantes, supermercados, centros comerciais e call centers.
O cliente quase tem de pedir desculpa por existir; não tem direito a contrapor, antes tem de concordar, agradecer e, se possível, venerar quem o atende. Não nos pedem um tratamento respeitoso e igualitário, não, exigem-nos silêncio e modéstia.
Não se sabem exprimir correctamente, mas adoram sugerir que não percebemos porque somos burros.
Não têm nenhuma flexibilidade, e quando tentamos argumentar que a flexibilidade é fundamental na vida, nem sequer entendem de que falamos, e assobiam para o lado.
É uma geração do caraças.
Oxalá a próxima seja mais cordial, já para não dizer "normal", porque parece que este também já é um termo cancelado - dizem que a normalidade não existe nem nunca existiu, mas a mim parece-me, apenas, que ela já não existe.
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