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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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Última Paragem

27
Mai24

Lembrar

Maria J. Lourinho

Papoilas, Nikias Skapinakis, 1997.jpg

27 de Maio era o teu dia, pai.

Desde que, verdadeiramente, “cresci” para adulta, que sei que ninguém me amou como tu.

Nem ascendentes, nem descendentes, nem outros amores.

Homem de poucas palavras e de ainda menos demontrações de afecto (homem do seu tempo, portanto), cedo aprendi a ler nos teus olhos esverdeados, o amor, a solidariedade e, quantas vezes, o orgulho em mim.

Tudo sempre incondicional, como só os pais se permitem.

Passados tantos anos, continuas a fazer-me falta.

Nalguns dias, uma muito áspera falta.

A foto reproduz uma pintura de Nikias Skapinakis de 1997

23
Fev23

Absurdo

Maria J. Lourinho

Às vezes tenho pensamentos que até a mim me parecem absurdos.

Desta vez, quer-me parecer que a comunicação social anda há uma semana a CELEBRAR o primeiro aniversário da guerra na Ucrânia, e a desejar que a Rússia, amanhã, o celebre também com grande "fogo de artifício". 

Pode lá ser!

Por causas destes abursos pensamentos, tenho ganas de ralhar a mim própria. Ai, ai, ai.

04
Ago22

Nasceu

Maria J. Lourinho

Nasceu pequenino, chorão e comilão, mas nessas primeiras horas também me apresentou ao mais misterioso de todos os amores. Forte, inabalável, corajoso, profundo, guerreiro, doce, eterno, assim é o amor de mãe para filho.

Se eu fosse dada a filosofias esotéricas, reencarnação, new age etc., etc., diria que fui abençoada por ele me ter escolhido para mãe; como não sou, digo que os melhores genes de duas tribos se uniram neste homem que é meu filho e que faz hoje anos.

Porque é inteligente, bonito, trabalhador, humano, sensível, criativo, leal, honesto.

E tenho a certeza que não estou a exagerar com os meus olhos de mãe, pois, de cada vez que ele me apresenta alguém mais velho do que ele, logo sou olhada com genuína simpatia, e não é mesmo nada raro que me digam: muito prazer, e parabéns pelo seu filho.

Ele faz anos hoje, e eu agradeço à vida tê-lo posto no meu caminho e ter feito de mim, também, uma pessoa melhor.

11
Jun21

Helena

Maria J. Lourinho

Eu tenho uma amiga que se chama Helena.

Nunca a vi, mas há anos que nos acompanhamos nas redes sociais.

Também praticamente não sei nada dela; sei que vive entre dois países, que gosta de livros (como eu) que gosta de viajar (como eu), que tem pelo menos uma neta que adora e acompanha quanto pode.

A Helena gosta do que eu escrevo e incita-me a fazê-lo. Há poucos meses, a Helena descreveu-me com um sentido de observação e uma generosidade de que, creio, mais ninguém foi capaz até hoje. É perspicaz, inteligente, ponderada, tolerante. Quando eu não sou ponderada e tolerante, a Helena não gosta, mas releva porque é minha amiga.

É maravilhoso saber que, para lá do monitor está alguém por quem nutrimos uma genuína amizade e que esta é retribuída.

Se for alguém que não conhecemos, é quase mágico.

A Helena faz hoje anos. Não sei quantos, mas não faz mal. Eu quero que ela faça muitos e que permaneça assim comigo, e eu com ela.

Parabéns, Helena, e obrigada pela amizade. E por estar aí, onde quer que seja.

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