Um bom dia
Encontrei no Instageam do Carlos Vaz Marques
Então, que seja um bom dia para todos nós, que a Liberdade se equilibre e não caia um grande trambolhão.
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Encontrei no Instageam do Carlos Vaz Marques
Então, que seja um bom dia para todos nós, que a Liberdade se equilibre e não caia um grande trambolhão.
Comprova-se
Bicho ruim geralmente morre de morte morrida; quase nunca de morte matada.
Isabel Lucas: "Nunca é dito, mas é claro que estamos em vésperas das eleições de 2016 que elegeram Donald Trump. Finn faz parte de uma geração frustrada, a lidar com um sentimento de fracasso e, ao mesmo tempo, uma espécie de impotência..."
Lorrie Moore:
"O que eu queria dizer é que quando um país passa por uma guerra civil, ela nunca acaba. O fenómeno Trump continua a ser uma espécie de guerra civil. Há uma parte deste país, há uma parte da Confederação, da Guerra Civil do século XIX, que nunca desistiu e que controlou a narrativa durante muito tempo, apresentou a sua causa como nobre e construiu estátuas, que só agora começam a vir abaixo, dos heróis confederados do século XIX. São todas de supremacistas brancos. Essa parte da história americana começou agora a ser reexaminada e vemos Trump como parte de uma espécie de ressurgimento da Confederação ou de uma Confederação que esteve sempre viva no nosso país. As guerras civis não resolvem exactamente coisas, fazem o melhor por resolver, mas muita energia flui, subterrânea. O livro está a olhar para uma série de coisas que não morrem."
Pequeno excerto de uma entrevista que a escritora Lorrie Moore, americana, deu à jornalista Isabel Lucas para o jornal Público, a propósito do lançamento em Portugal do seu livro "Não Tenho Casa se Esta Não For a Minha Casa". Ajuda a perceber.
NÃO HÁ DEMOCRACIA SEM JORNAIS E JORNALISTAS.
E ELES VIVEM EM PERIGO DE MORTE.
O QUE PODEMOS FAZER É
ASSINAR UM JORNAL, QUALQUER UM!
Na aldeia do meu pai, havia um homem extraordinariamente teimoso.
Um dia, ao balcão da taberna, face a uma situação demasiado óbvia mas que ele insistia em contrariar, o companheiro de copos disse-lhe:
Ó homem, mas tu não vês?
Resposta: Eu não vejo, mas mesmo que visse, não era.
Assim está metade da América, ou seja, os apoiantes de Trump: por mais que lhes mostrem que se trata de "um homem sem qualidades", eles não vêem, mas mesmo que vissem... não era.
Porém, o amanhecer hoje não foi tão mau como eu estava à espera.
"Pete Buttigieg é o secretário de Transportes da Administração Biden. Há poucos dias Buttigieg publicou no Twitter uma imagem que começou a correr há dois anos principalmente entre os apoiantes de Sanders: um mapa com a maioria dos 48 Estados contíguos dos EUA interligados por uma rede de linhas de alta velocidade em que as grandes cidades norte-americanas aparecem, de Nova Iorque a Los Angeles, como se fossem meras estações de uma linha de metro. A geração pós-millenial, dizia, está a “sonhar em grande, e todos devíamos fazer o mesmo”.
Do artigo de Rui Tavares no Público
Nós por cá, continuamos a discutir um novo aeroporto. Quantas linhas e comboios de alta velocidade conseguríamos pelo mesmo preço?
Para quem, como eu, gosta de literatura americana, comprar o livro de Isabel Lucas, “Viagem ao Sonho Americano”, é quase uma inevitabilidade.
A autora, que escreve regularmente para o Público, viajou durante um ano por vários Estados americanos, tomando como ponto de partida para cada um deles um livro de referência, sondando simultaneamente “a condição americana, os seus mitos, paradoxos, medos e fragilidades, mas também a sua grandeza e capacidade de reinvenção”, lê-se na contracapa.
Acredito que aqui deixarei outros apontamentos sobre este livro, pois que ainda agora o comecei e já venho guardar um parágrafo da introdução que, a meus olhos, sintetiza uma verdade em que hoje, século XXI, pouco ou nada pensamos:
“Os que estão aqui, nas próximas páginas, são uma escolha e exemplificativa, penso, da tal complexidade do país que, como me dizia outro escritor, nasceu e se moldou em dois grandes males: o massacre dos índios e a escravatura. Nos dois casos esteve presente a violência de que a América nunca se conseguiu livrar, como se fizesse parte do seu ADN”.