Sócrates, o nosso
Eu e o João Miguel Tavares, sem nos conhecermos, embora nos cruzemos com alguma frequência na rua, temos por hábito discordar.
Mas, lá de lés-a-lés, concordamos. Melhor, eu concordo com ele.
Ontem, no seu artigo de opinião no Público, com o título Sócrates: arranjar novos crimes, que os velhos vão prescrever, explica como se tem arrastado na justiça este caso. E escreve também:
"José Sócrates foi detido em Novembro de 2014 – há oito anos e três meses. Foi acusado em Outubro de 2017 – há cinco anos e quatro meses. Foi pronunciado em Abril de 2021 – há um ano e dez meses. E passado todo este tempo, (...) o processo está bloqueado numa rede de recursos. As primeiras prescrições começam em 2024. Quando irá Sócrates a julgamento? Uma resposta cada vez mais provável é: nunca.”
O que o JMT não escreveu, mas creio que ambos acreditamos, é que Sócrates, no fim disto tudo, ainda vai processar o Estado e nós teremos de lhe pagar uma choruda indemnização. Estou fartinha de o dizer.
Oxalá que Deus NÃO me oiça!