Maria J. Lourinho
Sobre os problemas na saúde:
"Leitão Amaro, ministro da Presidência, diz que ninguém de "boa fé" poderia esperar que o atual Governo resolvesse problemas que "3050 dias de incapacidade" socialista ajudaram a agravar."
Observador, 8/8/2024
Tem toda a razão, o moço, só se esqueceu de acrescentar que, na campanha eleitoral, talvez por falta de boa fé, o seu partido praticamente nos prometeu que o faria.
Contudo, não é essa promessa vã que me interessa. Interessa-me a ministra Ana Paula Martins e sua burrice (não , não fujo à palavra). Chegou chamando todos de incompetentes, o que é logo mau sinal, e provou, em pouco tempo, que a tonta é ela.
A demissão mais desastrada foi a do CEO da Saúde. Fernando Araújo, de cuja competência poucos desconfiam, tinha um ano de trabalho. Sei que graças a ele consegui médico de família quando aceitei pertencer a uma USF a 500 metros daquela onde estava inscrita há anos. Não sei, obviamente, se a sua reforma do sistema iria ter resultados positivos, mas isso não sabe ninguém, porque não lhe deram tempo, nem para fazer, nem para avaliar o trabalho.
Se a ministra fosse uma mulher inteligente, teria pensado muito simplesmente: não gosto dele mas, com o verão à porta, vou esperar para ver; se correr mal, tenho bom motivo para o despedir, se correr bem, salvamo-nos os dois.
Sempre tenho dito, e cada vez mais - as mulheres que chegam ao topo na política, geralmente, pensam como os homens. É por isso que eles lhes permitem que lá cheguem.
Ora, se é para pensar e agir como um homem, prefiro um homem no lugar.
O original é sempre melhor que a cópia.