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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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Última Paragem

14
Out24

Se dobras a espinha, lixas-te

Maria J. Lourinho

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Uau! Fiz uma montagem fotográfica e estou toda contente.

Usei a capa pirosa, e o título piroso, dum livro piroso, mas de grande sucesso na década de 1990, para mandar daqui um recado ao Pedro Nuno Santos:

Moço, diriges um partido partido !!!, e vais ter de ir para um lado contra o outro. Estás sozinho na decisão. Então, vai onde te leva o coração, ou deixarás de ter um partido partido para seres um chefe perdido.

Vamos ver se é verdade que preferes perder eleições a convicções. Se fugires de ti mesmo, buscando consensos a contragosto, podes pendurar as botas. Digo-te eu que sou velha nisto.

Boa sorte, moço.

 

13
Out24

Hoje é assim

Maria J. Lourinho

 

Fb sometimes life is black and white.jpg

A professora do primeiro cíclo mandou fazer uma composição em que aparecesse a frase "Mãe há só uma".

O Francisquinho escreveu:

"Estávamos na sala a ver televisão e a minha mãe mandou-me ir à cozinha buscar duas cervejas.

Eu abri o frigorífico e gritei-lhe:

Mãe, há só uma!"

É assim porquê? Ora, porque sim! E porque a vírgula é um elemento fundamental e estruturante da escrita.

Eu gosto muito de vírgulas. 

Nota: a imagem é do site de fotografia Sometimes Life is Black and White  e é só porque é uma ternura.

08
Out24

O amor

Maria J. Lourinho

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Fábio Loureiro fugiu da cadeia, gozou um mês de ar livre e voltou à choça.

E o que desgraçou este homem que mete medo à sociedade? O Amor.

Podia ter continuado em Tânger, gozando a temperança mediterrânica, com todas as suas necessidades satisfeitas, mas o Amor tramou-o.

Podia ter dança do ventre todos os dias (ou noites), podia ter insinuantes bailarinas dos sete véus, podia comer tâmaras e beber chá de menta à beira da piscina enquanto planeava o próximo golpe mas...em vez disso, o que fez? Sentia um vazio no peito, desatou a emagrecer, quiçá a ter insónias. E foi então que percebeu que não podia viver nem mais um dia sem ver a sua namorada.

Ela foi. E a polícia também.

Moral da história, e plagiando sem piedade a maravilhosa letra de João Gilberto, podemos concluir que no peito de um bandido... também bate um coração.

Ou ainda, talvez melhor, plagiando Miguel Esteves Cardodo, O Amor é F*****.

07
Out24

Aniversário da morte

Maria J. Lourinho

mw-540.jpeg

Poderá alguém, ou algum Estado, conquistir a sua segurança destruindo todas as casas, infraestruturas, e famílias dos seus vizinhos?

Ódio traz ódio, as crianças palestinianas de agora não esquecerão a desolação e perdas da sua vida, muitos ocuparão o lugar dos que vão morrendo, e o mal não terá fim.

Todas as pessoas que já tenham vivido um par de anos, sabem que é assim.

Por isso digo que Netanyahu não é uma pessoa, é um cão raivoso.

Nada tenho contra os judeus, mas tenho tudo contra o seu governo (livremente eleito, diga-se).

Também tenho tudo contra o que há um ano se passou.

Não há causa que justifique o terror.

Uma tristeza sem fim.

03
Out24

Nós e os outros

Maria J. Lourinho

imigrantes.jpg

Quer-me parecer que, ao longo do último século, não houve família portuguesa que não tivesse algum dos seus membros emigrado.

Brasil, EUA, Venezuela, França, Almanha, Suiça por exemplo, sem falar nas ex-colonias, têm recebido portugueses em séries sucessivas, por via das nossas crises sucessivas.

Quando as vacas estiveram gordas por aqui, nos anos de 1990, também nós recebemos muitíssimos imigrantes oriundos, sobretudo, dos países do leste da Europa. Russos e ucranianos formaram contigentes de homens e mulheres que ajudaram a modernizar o país. Eram academicamente formados mas faziam qualquer trabalho que pudessem fazer. Eram brancos, de olhos azuis, e adoravam o mesmo deus que nós, com pequenas variantes. Gostámos deles.

Na última década, ascendemos a novos-ricos, o que traz até nós centenas de milhar de imigrantes pobres, com poucos estudos, de pele escura e outro Deus.

Aí, salta-nos a tampa, atribuimos-lhes crimes que não cometem, despesas que não são deles e malfeitorias miúdas ou graúdas, conforme o que vem à rede.

Tendemos a acreditar que são eles que nos roubam, e que os banqueiros, ao contrário, são os nossos amigos.

E abrigamos um Ventura, com grande à-vontade, no ovo da serpente.

Mas os portugueses não são racistas, pois não? Ah, pois não!!!

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