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Última Paragem

O blog do bicho do mato

O blog do bicho do mato

Última Paragem

30
Jul24

Ai....

Maria J. Lourinho

Ai como eu lamento pensar isto, mas penso: Paulo Raimundo é um imbecil que, como Trump, acha que algo ser verdade ou mentira é só uma questão de opinião. 

Não tem dúvidas, sempre só certezas, e as sua declaração sobre as eleições na Venezuela é tão lamentável como a Bernardino Soares sobre a "democracia" na Coreia do Norte há uns anos.

Paulo Raimundo é um imbecil carregado das certezas que germinam na ignorância.

E pensar que tanta gente deu o melhor de si pelos belos ideais de liberdade e justiça que diz defender.

25
Jul24

Amor

Maria J. Lourinho

A menina de 6 anos, que tem um único irmão de 7, perdeu-se na praia.

O sistema de comunicação entre banheiros funcionou na perfeição e a menina, rapidamente, foi encontrada.

Sobrou o susto e a humilhação que a faziam soluçar.

Toda a família ofereceu generosos abraços que foram aceite com relutância, e sem conseguirem parar os soluços.

Até que a menina, vendo o seu irmão esticado ao sol, de barriga para baixo na sua toalha, depois de também muito se ter assustado, deitou-se sobre ele, pousou-lhe a cabeça no tronco, relaxou os braços e, ali, pele com pele, os soluços foram parando, até cessarem. 

Tudo foi silencioso e durou poucos minutos.

O verdadeiro consolo tinha sido encontrado.

Depois, ora, depois, as brincadeiras continuaram.

19
Jul24

Reflexão estival

Maria J. Lourinho

1200x675_cmsv2_0e339a9b-9dbb-590a-b4de-ebae690e500Leio:

"O Japão recebeu 17,7 milhões de visitantes no primeiro semestre do ano, batendo o recorde histórico do país em número de turistas, anunciaram esta sexta-feira as autoridades nipónicas."

Observador

Sempre ouvi dizer que, se conhecermos melhor "o outro", estaremos menos dispostos a guerrear com ele.

Ora, o mundo parece estar louco por viajar, como esta notícia deixa perceber, a Europa está a deitar por fora com turistas, mas eu não sinto menor animosidade para com o tal "outro".

Ao contrário, sinto-me sentada em cima do vulcão que nos vai fritar a todos enquanto, cada um por si, faz as suas fotografias e as aprecia logo de seguida no smartphone.

Boa sorte para nós todos.

11
Jul24

Flocos de neve

Maria J. Lourinho

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"E estará esta nova visão do mundo que diz que precisamos de um psicólogo sempre à mão ligada à “geração floco de neve”, os que nasceram entre os anos 1990 e o início dos 2000?

...

A expressão começou por se referir aos millennials “demasiado convencidos do seu próprio estatuto de pessoas especiais e únicas para serem capazes (ou se darem ao trabalho) de lidar com as provações e dificuldades normais da vida adulta”, e passou a aplicar-se a toda a geração.

...

terá sido Claire Fox quem, dez anos depois, popularizou a expressão “geração floco de neve” no livro I Find That Offensive!, referindo-se à sensibilidade exacerbada, ao “sentido inflacionado de singularidade e sentido injustificado de direito” de uma geração “demasiado emocional, facilmente ofendida e incapaz de lidar com opiniões contrárias”.

Bárbara Reis, Público

Finalmente percebi: eles chegaram à idade de  entrar no mundo do trabalho e inundaram as nossas lojas, cafés, restaurantes, supermercados, centros comerciais e call centers.

O cliente quase tem de pedir desculpa por existir; não tem direito a contrapor, antes tem de concordar, agradecer e, se possível, venerar quem o atende. Não nos pedem um tratamento respeitoso e igualitário, não, exigem-nos silêncio e modéstia.

Não se sabem exprimir correctamente, mas adoram sugerir que não percebemos porque somos burros.

Não têm nenhuma flexibilidade, e quando tentamos argumentar que a flexibilidade é fundamental na vida, nem sequer entendem de que falamos, e assobiam para o lado.

É uma geração do caraças.

Oxalá a próxima seja mais cordial, já para não dizer "normal", porque parece que este também já é um termo cancelado - dizem que a normalidade não existe nem nunca existiu, mas a mim parece-me, apenas, que ela já não existe.

Foto do Google

09
Jul24

Como é que ela chegou aqui?

Maria J. Lourinho

 

 

 

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Dentro (e no alto) da sua bolha, vive Lucília contra o mundo, os ignorantes, os pecadores, os cabalistas e, às vezes, sente-se oráculo de Deus.

Na entrevista de ontem à RTP, reconheci alguém que vinha dos confins da ditadura, com todos os seus tiques bem estranhados na mente, sem empatia, com um inimigo em cada esquina.

Respaldada no Chega, que a apoia em tudo, assume toda a sua arrogância e temperamento antidemocrático.

Para ela "o inferno são os outros", e é hábil a manejar o chicote.

Um susto que ainda vai durar mais três meses.

Livrai-nos, senhor!

06
Jul24

A divisão dos povos

Maria J. Lourinho

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Hoje reparei que:

  • As famílias catalãs dividiram-se porque uns eram independentistas e outros espanholistas.
  • As famílias inglesas dividiram-se porque uns eram pelo Brexit e outros eram pela continuação.
  • As famílias portuguesas dividiram-se porque uns são pró-Ronaldo e outros são anti-Ronaldo.

Possível moral da história: se calhar, as  questões que dividem os povos têm o tamanho dos próprios povos.

Digo eu, sei lá.

05
Jul24

O que ela disse

Maria J. Lourinho

"Por falar em idades, não deixa de ser curioso que em Paris pontifiquem dois jovens – Gabriel Attal, membro do partido de Macron que chegou ao cargo de primeiro-ministro aos 34 anos, e Jordan Bardella, candidato a primeiro-ministro pelo partido de Le Pen, 28 – enquanto nos EUA o confronto é entre Biden, 81, e Trump, 78. O que é que isto diz sobre o estado do mundo? Não faço ideia. Mas que o estado do mundo não é grande coisa, lá isso!"

Ela disse, certeiro, e eu partilho.

Ana Cristina Leonardo, Público, 5 Julho 2024


04
Jul24

Apologia da elegância

Maria J. Lourinho

Quando utilizamos a adjectivo elegante, na maioria das vezes, referimo-nos a alguém ou alguma coisa muito concreta – uma mulher, um homem, um candeeiro, uma jarra, uma escrita, um filme, uma escultura etc. 

Cada um de nós pode ser dono de muitas coisas elegantes, desde que tenha dinheiro e bom gosto. 

Muito mais raro é usarmos o mesmo adjectivo para qualificar um substantivo abstracto, e há muitas outras coisas que não se compram - ou estão em nós, ou não estão.  

Falo de atitude, por exemplo. 

Uma atitude elegante, revela, antes de mais, respeito por nós próprios, pela vida em geral e pelas suas inexoráveis leis. 

Ninguém é insubstituível, ninguém é eterno, ninguém vive para sempre na plenitude das suas capacidades. 

Se fomos grandes, saber sair de cena no momento certo é a mais elegante atitude que podemos ter na vida. 

Não é fácil, mas é belo, grandioso e… elegante. 

A prova de que não é fácil tem-nos sido dada por estes dias, por duas figuras de projecção mundial: Joe Biden e Cristiano Ronaldo.

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