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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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Última Paragem

26
Jun24

A caminhada de Costa

Maria J. Lourinho

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Contra ventos e marés, contra armadilhas montadas e contra os seus próprios erros, há quase dez anos que António Costa desliza pela vida política qual esquiador a fazer slalom.

Desde que forjou a "geringonça" que a direitíssima portuguesa, sedeada sobretudo na PGR, o escolheu como alvo a abater, e nunca se poupou a trabalhos para o desgastar. É verdade que, por fim, conseguiu, com a prestimosa ajuda de Marcelo - o intriguista.

Porém, Costa tem, como soi dizer-se, uma estrelinha, e está agora a rir-se de quem tanto trabalhou para o abater, acabando, afinal, por o catapultar para um dos mais importantes lugares europeus.

Que António Costa consiga levar para a Europa a sua costela de negociador/mediador, o seu pacifismo e também, se possível, um pouco da sua sorte e da sua estrelinha.

A Europa bem precisa. 

22
Jun24

Daniela

Maria J. Lourinho

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Daniela Martins, mãe das gémeas, mente muito, e mente mal.

Contudo, não merecia o que lhe fizemos na AR.

Ela só foi Mãe, e eu lembrei-me da PIDE outra vez.

Haverá muitos infractores da lei, mas não ela.

Espectáculo grotesco e desumano, ontem, de origem "chegana" mas apoiado por outros.

Triste, de novo.

A foto é minha mas pode levar, como habitualmente.

A flor é para a Daniela

21
Jun24

Um post elitista

Maria J. Lourinho

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Pode ser que seja elitista, mas é o que penso há muito tempo e não tenho mudado de opinião como, por vezes, acontece.

Há muitas pessoas que consideram que não vale a pena entrar em alguns cursos universitários, se o mercado está saturado desses profissionais e os jovens ficarão frustados com a falta de oportunidade para aplicarem o que aprenderam.

Defendo veementemente o contrário. Para além de não desistir do sonho, a formação, qualquer formação universitária, é um bem que se ganha para toda a vida. Ela abre as portas, pelo menos, para encontrarmos as ferramentos que nos permitirão ir mais longe no saber, no fazer, no entendimento das coisas.

Vem esta ladaínha a propósito dos quadros maiores do PCP.

Leio que surgiu uma carta assinada por 30 ex-dirigentes da CGTP, afectos, na sua maioria, ao PS e Bloco, “alertando para a "ausência de respostas" da central sindical aos novos problemas e desafios dos trabalhadores e acusando-a de "deriva sectária" e de "falta de transparência". (Diário de Notícias).

O Secretário Geral da Organização, Tiago Oliveira, membro do PC, responde que melhor democracia interna é impossível.

Tiago Oliveira tem 43 anos e só fez o nono ano de escolaridade; abandonou a escola, portanto, ainda adolescente e num tempo em que já toda a gente podia estudar. É operário.

Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, tem 47 anos, foi operário mas há 20 anos que é funcionário do seu partido. Estudou até ao nono ano também.

A formação académica nota-se no discurso e na eficácia da mensagem que transporta, e nestes dois homens, responsáveis máximos de duas importantes organizações da esquerda portuguesa, nota-se muito.

Não só se nota como não toca as camadas da população mais jovens e educadas, por muitas dificuldades que estas vivam. Mais facilmente os jovens serão levados por Cotrim de Figueiredo que por Paulo Raimundo.

Defender “os trabalhadores e o povo” é bonito, mas é preciso saber fazê-lo em consonância com os tempos de acelerada transformação que vivemos.

Ora, o PCP parou no tempo, e continua a achar que “a classe operária” seja lá isso o que for em 2024, deve ser a classe dirigente “dos trabalhadores e do povo” numa democracia burguesa.

O tempo o tratará como trata tudo o resto que não seja capaz de se renovar.

Aliás, já começou.

19
Jun24

À escuta

Maria J. Lourinho

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O Ministério Público português  vive sentado, à escuta.

Escuta tudo e todos, durante anos se lhe apetecer, como quem não tem mais nada que fazer e, se calhar, não tem mesmo.

Que me lembre, nem  a PIDE escutava tanto.

Se eu fosse governante, não telefonava nem à minha mãe, e conversas, só no jardim.

O nosso estado de direito está muito torto, não está?

 

14
Jun24

O ministro dos professores

Maria J. Lourinho

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Tenho a certeza de que o senhor ministro, quando fez este anúncio, com o seu ar sério de catedrático minhoto, não pensou que estava a contar uma anedota, mas juro que foi assim que interpretei.

Só pode ser anedota porque, ninguém que hoje em dia conheça as escolas, o seu funcionamento, os alunos do terceiro milénio, e a vida dos professores, pode entender como coisa séria uma proposta para lecionarem até aos 70 anos por mais 750 euros BRUTOS.

Os professores sexagenários que ainda estão no activo, contam os dias para a reforma, e temem não conseguir chegar lá, tal o desencanto, a impotência, mas sobretudo o cansaço.

E já nem falo nos aspectos nefastos para os alunos, com escolas cheias de professores que podem ser seus avós ou bisavós, verdadeiras brigadas do reumático, incapazes de os entenderem ou acompanharem.

Entre os muitos milhares de professores, haverá alguns poucos que se sentem capazes de continuar, mas a maioria, perante tal proposta deve sentir que está a ser gozada depois de ter sido esfolada.

06
Jun24

Sentido de oportunidade

Maria J. Lourinho

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Desde Novembro que o "caso das gémeas" brasileiras anda nas bocas do país. Envolve muitas pessoas, entre elas algumas pessoas do Ministério da Saúde, ao tempo dirigido por Marte Temido. Mas é a dois dias das eleições europeias, em que ela é cabeça de lista pelo PS, que a judiciária resolve fazer buscas no referido ministério.

Ele há coincidências...do diabo.

O processo de Manuel Pinho, ex-ministro socialista de José Sócrate, ocupou 11 anos da vida de dois procuradores. Mas é a dois dias das eleições europeias que ele é condenado a 10 anos de cadeia.

Ele há coincidências...do diabo.

Pode-se acusar a Justiça em Portugal de muitas coisas, mas nunca de falta de sentido de oportunidade. Isso, não!

 

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