Mas só me vêem a mim?
No Orçamento de Estado para 2024 está contemplado o pagamento de sacos de plástico do supermercado, daqueles fininhos para fruta e legumes. Quatro cêntimos cada.
Eu posso entender isto como uma medida ambiental, como tantas outras necessárias mas que vão interferir com o nosso modo de vida. Porém, a protecção do ambiente tem de ser assunto que toca a todos e não apenas aos totós como nós.
Explico: sinto que, ao mesmo tempo que pago pelos plásticos e me pedem para separar o lixo, por exemplo, às empresas nada é exigido. Se eu comprar uma tesoura, pilhas, periféricos para computador, 3 canetas Bic, e tantas outras coisas (quase todas as miudezas, aliás), tudo vem superembalado com plástico, cartão, metal e sei lá que mais e não tenho notícia de taxação para obrigar as empresas a moderar estas práticas.
O mais bizarro aconteceu-me ontem no supermercado Pingo Doce. Comprei 3 rissóis e a funcionária começou a metê-los numa caixa de plástico de transporte de comida. Perguntei se podia enrolar os rissóis num papel (coisa comum até há pouco tempo), mas respondeu que não - ali ao balcão só tinham caixas. E lá vim para casa com mais uma desnecessária caixa de plástico.
Quando é para taxar só me vêem a mim, é?