Rio Pó
Bom domingo
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Bom domingo
Foto de Antonis Damolis
Estes são os tempos em que todos vivemos imersos em notícias, 24 sobre 24 horas. Aos tradicionais meios de comunicação social, com os seus canais noticiosos, juntaram-se as redes sociais.
Mesmo querendo fugir à poluição informativa, passamos muito tempo a ouvir jornalistas e comentadores. Curiosamente, todos parecem querer passar-me a ideia de que Portugal, e o povo português, são o Chega e as suas ideias reaccionárias, quando não esdrúxulas, sobre o país, o regime e o governo.
Mesmo sem darmos por isso, não estando de acordo com o que ouvimos, quase nos convencemos que somos " a última coca-cola do deserto", ou melhor, a última crente na democracia, a última amante do 25 de Abril.
É por isso que ir à Avenida no dia da Liberdade é um antídoto para todo um ano de massacre comentadeiro/jornalistico/reaccionário.
O slogan que me enchia o coração era:
Somos muito, muitos mil, para continuar Abril.
E éramos. Tantos, tantos, tantos, um mar de gente, bem mais do que em anos anteriores.
Podemos fazer-lhes frente, podemos ganhar-lhes ou, como dizia o Rui Tavares - "Não Passarão"!
Pró ano, lá estaremos de novo.
PS: A foto é do Expresso online de ontem
Um bom desporto para os minutos de espera, é a ginástica sincronizada do pulso.
Mas, já que estamos com tempo, diga-me, Janja, você precisava mesmo, mesmo, de ir fazer compras na Avenida da Liberdade?
DULCE MARIA CARDOSO, cada vez gosto mais desta pessoa.
Para quem gosta ou tem tempo para ouvir podcasts.
Vou deixar sair a desmancha-prazeres que há em mim e que anda a gritar comigo para lhe abrir a porta.
Toda a gente adora este livro, eu acho-o banal.
Li Dickens e vi o filme Filomena, talvez por isso este livro não me traz nada de novo.
Quanto à bondade, há muito que ela não faz boa literatura, como o belo não faz, necessariamente, boa arte.
Ser "do contra" é cada vez mais difícil, mas acho que é coisa que vai morrer comigo.
Mania minha: onde houver unanimidade de largo expectro como os antibióticos, desconfio, e tenho de ir espreitar.
Às vezes engrosso o coro, outras desafino. É o caso!
Ps: este post, com pequenas alterações, foi publicado inicialmente no Instagram.
Sobre o assunto do momento, Boaventura Sousa Santos e companhia, depois de muito ler, e com tendência inata para cair para o lado das denunciantes, honestamente só posso dizer o mais simples, que é também o mais difícil, no nosso tempo:
NÃO SEI
Esta imagem é da primeira página do Expresso digital de sábado. Calhou ser do Expresso, porque todos os dias vejo isto em algum OCS.
Nas TVs, ele, o nome dele, a opinião dele, a provocação dele, são uma costante.
Este homem tem sido carregado às costas da comunicação social para o centro do palco da política portuguesa, debaixo do nosso nariz e da nossa impotência.
Todo o santo dia leio: Marcelo dissolve, Marcelo não dissolve, Marcelo dissolve, Marcelo não dissolve.
Será, afinal, o homem um qualquer solvente?
Passará, um dia, ao estado gasoso e evaporável?
Dúvidas, dúvidas, dúvidas!
Mary Quant inventora da minissaia
1930-2023
Há dez anos que não havia tanta sinistralidade nas estradas portuguesas durante o período da Páscoa.
Tenho para mim que há uma relação directa entre número de acidentes e o nível de desenvolvimento civilizacional dos povos de cada país.
Ao volante, mostramos o nosso verdadeiro EU, mas também a educação que recebemos e assimilámos.
Estamos a andar para trás? Estamos!
E a pandemia tem as costas cada vez mais largas.
Sempre me pareceu que o Dalai Lama não passava de uma criança num corpo de homem.
Continua a parecer-me o mesmo.
Mãe - resolvi ir fazer uma torta de ovos mas não tinha balança para pesar o açúcar.
Filha - e então, como fez?
Mãe - fui ao telemóvel e perguntei quantas gramas de açúcar leva uma colher de sopa.
Filha - e que disse ele?
Mãe - disse que eram entre 30 a 35 gramas
Filha - e que porção de açúcar leva a torta?
Mãe - 250 gramas
Filha - e então?
Mãe - então? Três vezes oito, vinte e quatro. Pus oito colheres e mais um bocadinho. Acho que está boa.
O diálogo ocorreu anteontem e esta mãe é a minha. Tem 96 anos e uns pozinhos.
Então, bom resto de fim de semana.
Não será bonito dizê-lo mas é honesto: eu detesto este homem.
O Vasco Pulido Valente chamou-lhe o "abominável Galamba", e eu concordo. Acho que a sua personalidade, arrogante/displicente mas também agressiva/malcriada e vaidosa/insolente, apouca o governo e envergonha o país.
Não há mais ninguém para ocupar tão importante cargo para as nossas vidas, senhor primeiro-ministro?
É que um povo que tem de gramar um Galamba a governar seja o que for, é um povo a viver o seu calvário e com pouca fé na ressurreição.
Optei por uma imagem bem pequenina para condizer com a criatura
Depois do que temos ouvido, nos últimos dois dias, na comissão de inquérito parlamentar à TAP, tenho-me lembrado muito do António Guterres.
É que, quando, no início dos anos 2000, ele se demitiu dizendo que estaríamos a viver num pântano, estava enganado.
Aquilo ainda era só uma charca malcheirosa.
Pântano a sério, é agora!
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos, meus livros e nada mais
Assim cantava Elis Regina ❤️