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Última Paragem

O blog do bicho do mato

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Última Paragem

31
Out22

"Vai ficar tudo bem"?

Maria J. Lourinho

Penso isto tantas vezes...

"E se o normal tivesse deixado de existir? E se, mais do que mera manifestação anómala, mais do que uma condição de insanidade temporária, mais do que um exotismo tropical, Bolsonaro — como Trump, como Meloni, como o “Brexit”, como Ventura — fosse o sintoma real da nossa condição presente? E se o Brasil fosse o país do futuro, como lhe chamou Stefan Zweig — se ele estivesse, não atrás de nós, mas à nossa frente numa imaginária linha do tempo? Não me refiro a qualquer Brasil, não digo todo o Brasil, não falo do Brasil que também existe (e que ao mesmo tempo nos habituámos a idealizar) mas deste Brasil, que se apresenta com a cara de Bolsonaro?"

Escreveu Ivan Nunes, num excelente artigo de opinião no Público - artigo aberto a não assinantes - cuja ligação deixo aqui abaixo.

 

https://www.publico.pt/2022/10/30/mundo/analise/vai-ficar-bem-2025680

27
Out22

Futebol

Maria J. Lourinho

Se eu não gosto, não entendo, nem me interesso por futebol.

Se me sento ao lado do meu marido, a ler, enquanto ele vê os jogos internacionais e os da selecção.

Se festejo com ele os golos que não vi.

Será isso o amor em provecta idade?

25
Out22

“Escola , escola, quem és tu”

Maria J. Lourinho

Penso muitas vezes com os meus botões, ou mesmo sem eles: a geração de portugueses que se situa agora entre os 35 e os 50 anos, praticamente toda ela estudou na escola pública. Na província, raramente havia colégios, e quando os havia não eram lá muito bons. Findo o 12º anos, os jovens, mais ou menos abonados, rumavam a cidades maiores para fazer o curso superior. Mesmo nessas cidades maiores, ao tempo, a escola pública dominava.

São hoje os nossos médicos, engenheiros, arquitectos, informáticos, professores, cientistas, artistas plásticos, músicos, cineastas etc. Temos muitos e bons, todos formados na escola pública, que funcionou, então, como um verdadeiro elevador e nivelador social.

Conseguíamos, por esse tempo, uma sociedade mais equilibrada, em que cada um dos seus novos membros , ao longo da sua formação, contactava com colegas muito diferentes de si, em inteligência, capacidade, origem social, empenho, escolhas de vida, pré-qualificações etc.

Hoje, a estratificação social começa logo no infantário, segue para o colégio privado, para terminar, frequentemente, na U. Católica ou similar, e o jovem nunca chega a contactar com classes sociais diferentes da sua. Obviamente, a história termina com o casamento entre pessoas que fizeram o mesmo percurso, para tudo voltar ao princípio com o nascimento dos filhos.

Dissemos adeus ao elevador social e a uma sociedade mais igualitária.

Onde foi mesmo que nos perdemos?

 

Nota: “Escola , escola, quem és tu” é o título de um livro sobre educação, de Vitor da Fonseca e outros, publicado pela primeira vez em 1977.

24
Out22

Serviços públicos

Maria J. Lourinho

Liguei para o Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa, para saber do andamento da administração de vacinas covid e gripe.

Atendeu-me um concidadão cujo fraseado e vocabulário me sugeriam que, primeiro, o concidadão tinha ido pôr o gado no pasto, e depois seguiu para atender o telefone do Centro de Saúde. Duas actividade meritórias, se bem feitas.

O concidadão informa-me que as vacinas estavam a ser ministradas "no centro religioso Endu, em Telheiras".

Não percebi mas procurei na internet o tal centro. Nada. Voltei a ligar pedindo que soletrasse, pediu para esperar e, de seguida, desligou o telefone.

Dei voltas ao miolo e à internet, até que me lembrei de fazer a mesma pergunta ligando para a minha Junta de Freguesia.

Fui muito bem atendida e fiquei a saber que posso ir tomar as vacinas ao "centro comunitário Hindu", em Telheiras.

Ora bom, ainda há serviços públicos, e serviços públicos.

22
Out22

Onde pára a polícia

Maria J. Lourinho

Sei! Sei mesmo, que um dia vou ser atropelada por uma trotineta, ou um bicicleta, em cima do passeio.

Sei, sei mesmo, que lhes é proibido circular em cima dos passeios, mas passam-me com cada tangente que, se eu, naquele momento, me desviasse um centímetro, era atirada ao chão.

Para que nos servirá uma polícia municipal, por exemplo? 

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