Ainda vou pagar o ar
Fui à farmácia e cobraram-me um cêntimo por um saquinho de papel onde foram enfiadas umas embalagens que não poderia trazer na mão, nem cabiam na carteira.
Cheguei a casa, pesquisei, e sim, é verdade, agora até o cartucho de papel da farmácia é pago.
Há anos que evito os sacos de plástico mas, mesmo no tempo em que os animais falavam, quando a minha mãe me mandava à mercearia do sr. Quaresma, nunca me lembro de vir com as postas de bacalhau na mão ou a barra de sabão no sovaco. O cliente sempre teve direito a um embrulho. (À época, era feito com papel e atado com fio de algodão.)
O que será isto? Insensatez? Demência generalizada?
Acho que ainda vamos pagar o ar!