Frances, seu cabelo e o filmezinho
Não é bem um filme, nem é bem um documentário.
Será talvez “uma coisa em forma de assim”, a atirar para o road movie sem chama.
Vive da Frances McDormand com a sua representação contida e essencial, das paisagens do midwest americano, ora belo ora agreste, tudo acompanhado por uma música intrusiva e, vá lá, para ser simpática, não muito boa.
Aqueles nómadas americanos são-no porque tiveram de o ser ou apenas porque sim. Não reivindicam nada. Caminham, param, conhecem-se, partem de novo. A política é-lhes estranha.
Para mim, cinema não é bem isto.
Se calhar, para Frances McDormand também não é, pois parece ter dito no dia dos Óscares: Arranjem-me um trapo qualquer para eu vestir e ir ali buscar o boneco. E na porcaria do cabelo ninguém me põe as mãos, ouviram?
Ver um filme inteiro de máscara também não é agradável.
Podia ter ficado em casa a ver uma série da Netflix.