O vírus e o amor
No sábado, li que houve manifestações anticonfinamento e antivacinas em várias cidades da Europa. O Observador referia que milhares de suíços protestaram contras as restrições impostas para conter a pandemia e que nos seus cartazes podia ler-se coisas tão extraordinárias como:
“Chega!”, “Vacinas matam” ou, a minha preferida, “Que o amor seja o vosso guia, não o medo”.
Eu, que sou uma mocita um nadinha impaciente com a estupidez, se mandasse, aconselhava-os de borla - armazenam muito amor, guardem-no em pipas, silos, garrafões ou frasquinhos de essências, e curem-se com ele porque, na hora em que recusarem a vacina, serão obrigados a assinar termo de responsabilidade em como desistem dela mas, em simultâneo, desistem também de qualquer tratamento em caso de se infectarem com coronavirus.
Este amor labrego anda à solta em toda a parte, como o vírus.
Sorte a deles que eu não mando nada.