Vacinação
Quando foi anunciado o plano de vacinação, percebi que , dada a patologia que me acompanha, seria vacinada no primeiro grupo, logo depois dos profissionais de saúde. Não achei bem nem mal, era assim e pronto, alguém teria estudado o assunto.
Nem sei quantas alterações o plano já sofreu. Primeiro decidiu-se que era preciso “salvar vidas”, como disse o senhor da tropa, e deu-se prioridade aos maiores de 80, depois foram as forças de segurança, e agora as escolas.
Juro, mas juro mesmo que, exceptuando as forças de segurança, acho bem, muito bem.
A comunidade escolar precisa de voltar ao trabalho, sem mais quebras, com confiança e tranquilidade. E dos nossos mais velhos, nem se fala.
Juro, mas juro mesmo, que a única coisa que me chateia no meio disto, é a nossa eterna incapacidade de planear – para desenrascar não há melhor que nós, mas para planear somos uma calamidade.
O meu país, no que exige planeamento, continua a andar aos ziguezagues, avanços e recuos, ao sabor, quantas vezes, das poderosas corporações e grupos de pressão.
É uma lástima, mas o meu país continua a não ser confiável.