Viagem ao Sonho Americano
Para quem, como eu, gosta de literatura americana, comprar o livro de Isabel Lucas, “Viagem ao Sonho Americano”, é quase uma inevitabilidade.
A autora, que escreve regularmente para o Público, viajou durante um ano por vários Estados americanos, tomando como ponto de partida para cada um deles um livro de referência, sondando simultaneamente “a condição americana, os seus mitos, paradoxos, medos e fragilidades, mas também a sua grandeza e capacidade de reinvenção”, lê-se na contracapa.
Acredito que aqui deixarei outros apontamentos sobre este livro, pois que ainda agora o comecei e já venho guardar um parágrafo da introdução que, a meus olhos, sintetiza uma verdade em que hoje, século XXI, pouco ou nada pensamos:
“Os que estão aqui, nas próximas páginas, são uma escolha e exemplificativa, penso, da tal complexidade do país que, como me dizia outro escritor, nasceu e se moldou em dois grandes males: o massacre dos índios e a escravatura. Nos dois casos esteve presente a violência de que a América nunca se conseguiu livrar, como se fizesse parte do seu ADN”.