"Recordações do Futuro", Siri Hustvedt
Livro difícil, com vários planos e tempos de narrativa. Entre a juventude e o início da velhice, a verdade e a ficção, o tempo, o que se vive e o que se inventa, o que projectamos e o que alcançamos , os que se perdem e os que ficam para sempre.
Profundamente feminista, SH nunca faz a mais pequena cedência ao fácil ou lacrimoso, nem quando passa fome em Nova Iorque, nem quando quase é violada e salva por um grupo de mulheres “bruxas” do apartamento do lado.
Introspectiva, Siri busca a verdade do passado, na serenidade do presente, em que também ainda se sente futuro.
“Sou uma velha sem pressa e sem cansaço”, diz.
No meu caso, só a primeira parte é verdadeira.