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Última Paragem

O blog do bicho do mato

O blog do bicho do mato

Última Paragem

25
Set23

Frases suicidas

Maria J. Lourinho

Ontem, na Madeira, Luís Montenegro disse: " “Não vamos governar nem a Madeira nem o país com o apoio do Chega.” Porque não precisamos, acrescentou.

Depreende-se que, se não vão aliar-se ao Chega não é porque um partido como o PSD não faz alianças com a extrema-direita, é apenas porque, de momento, não precisa.

Fica o aviso para quem o quiser ouvir.

20
Set23

Modas faladas

Maria J. Lourinho

Há já um bom par de anos que oiço podcasts. Comecei com os que falam de livros, na sua grande maioria fracos e infantis, e fui descobrindo outros sobre, praticamente, todos os assuntos.

Há grandes conversadores e grandes entrevistadores; as mesmas categorias podem encontrar-se em versão "grandes nabos".

Mas, enfim, a gente vai escolhendo. Até chegar ao ponto em que me encontro, isto é, a oferta é tanta que já nem sei o que escolher. Pode-se afirmar que não há, neste país, bicho-careto que não tenha um podcast.

Caso para relembrar a velha sentença:

Onde m--- um português...etc e tal, todos sabemos o resto.

Julgo que em breve deixarei "o ramo" por excesso de oferta. Porém, atrevo-me a deixar aqui a referência ao podcast da Rádio Observador (mas que eu oiço no Spotify) - Ao Encontro da Beleza - do Martim Sousa Tavares.

Que grande comunicador.

19
Set23

Eu e a Delta

Maria J. Lourinho

Era uma vez uma cliente de café Delta (eu) que resolveu substituir a sua máquina doméstica, que andava a encravar as cápsulas.

Comprei online no site da Delta. A máquina chegou, foi recebida por outra pessoa, e verifiquei depois que a factura vinha em nome de um senhor que nada tinha a ver comigo ou alguém da minha família.

Levei um mês exacto a tentar corrigir a situação.

Passados 4 meses de uso, a nova máquina começa a ter o mesmo problema que a antiga, mas agora agravado porque encrava sempre.

Começa a peregrinação atrás da Delta. Dois emails sem resposta. Vários telefonemas para o apoio ao cliente sem nunca conseguir ser atendida.

Por portas travessas de outros números Delta, ontem consegui chegar ao apoio técnico. Atendida por uma prestimosa senhora, acedi a tentar resolver o problema remotamente, o que não passou de algumas manobras de deita a água fora, abre a alavanca, carrega em 2 botões etc. No fim, a cápsula não encravou mas, depois do jantar, para tirar cafezinho, voltou tudo à mesma.

Hoje voltei a ligar. Primeiro levei uma reprimenda porque não era aquele o número que devia ligar. Depois fui informada que amanhã vêm buscar a máquina para arranjar e que entregam uma semana depois.

Perguntados se traziam máquina de substituição, responderam que isso era dantes, agora é só uma semana para arranjar (depreendo eu...”o cliente que se amanhe”)

Perguntei se no dia da entrega me podiam avisar da hora provável de entrega. Que sim, mas se calhar já não seria só uma semana.

Por fim pedem-me que entregue a máquina sem acessórios dentro de um saco de plástico e depois dentro de uma caixa de cartão.

Respondi que saco de plástico, tudo bem, caixa de cartão não tinha nem ia pedir.

Resposta: mas pode comprar.

Resposta: mas não vou comprar.

Resposta: então o transportador levará uma caixa branca.

A Delta era exemplar.

Era! Agora, parece um serviço do Estado. E até há alguns que são melhores que isto.

 

18
Set23

Histórias do outro mundo

Maria J. Lourinho

Era uma vez vez um homem, Clóvis Abreu, suspeito de assassinar um jovem polícia à porta de uma discoteca.

O homem andava fugido há ano e meio.

Quis-se entregar e ser ouvido no passado sábado, mas a juíza disse-lhe que não dava jeito nenhum e que voltasse na segunda-feira.

E o Clóvis voltou. 

Tenho muito orgulho no meu país.

15
Set23

Vínculos Ferozes ou a materna doçura/acidez

Maria J. Lourinho

VF.jpg1.jpg

Quantas de nós tivemos, temos, ou fomos educada por uma mãe autoritária, ansiosa, preconceituosa, muitas vezes infeliz e também muitas vezes agreste na relação com as suas filhas (mas não com os seus filhos homens), que nos vai moldadndo a personalidade e o futuro.

Uma mãe que dispara à queima roupa, por exemplo,: estás gorda, ou, mais docemente, tens o rabinho maior, não gosto nada dessa roupa, a saia está curta demais, esse penteado fica-te mal, estudar fora para quê? Aqui não serve à menina?

E, no meio de isto tudo, há um amor incondicional de ambas as partes. Indestrutível.

São Vínculos Ferozes.

E, Vínculos Ferozes, é precisamente o título deste livro de Vivian Gormick, judia americana, nascida em Nova Iorque em 1935.

Escreveu ensaios, memórias romances, foi professora e jornalista e é um nome incontornável do feminismo.

Escreveu este livro em 1987, sem grande sucesso. Nele, desfia memórias do seu crescimento no Bronx, onde nasceu, e da sua vida com a mãe, enquanto ambas, uma madura e outra maduríssima, uma viúva e outra divorciada, fazem caminhadas pelas ruas de Manhattan. Os comportamentos não se alteraram com o passar dos anos,  de tal modo que a autora chega a escrever:

“Uma de nós vai morrer deste vínculo”

O livro foi recentemente descoberto pelo movimento MeToo e alcançou grande êxito.

Depois disso, Vivian Gormick ficou rica, e numa entrevista ao jornal brasileiro O Globo, afirma:

- Eu preciso te contar: mais do que as reedições e todo este fuzuê, o que me tira mesmo do sério é ter, a esta altura da vida, ficado rica. Como sempre vivi na falta dele, não sei o que fazer com dinheiro. É muito tarde, aos 88 anos, pra mudar meu estilo de vida, mas já pego táxi quando chove e não preciso mais escolher o prato mais barato do cardápio.

E eu não preciso de saber física quântica ou discutir filosofia, embora gostasse, porque, na verdade, são as pessoas assim, com quem convivo nos livros, que fazem os meus dias.

 

10
Set23

Limpa

Maria J. Lourinho

Limpa.jpgDizem-nos que a luta de classes acabou, que somos todos "colaboradores" uns dos outros. Nada mais falso.

Ela está viva, sem gritos, punhos erguidos ou pancadaria (excepto em França, claro), mas viva.

É surda porque vive e cresce em surdina, parece mansa mas tem a raiva de sempre, e pode ser agressiva. este livro aí está para contar tudo isso. 

E recomenda-se.

18
Jul23

Será benesse?

Maria J. Lourinho

Screenshot_20230712-103954_Instagram.jpg

Foi presa com 19 anos, esteve na cadeia 53 anos, o que quer dizer que tem agora 72 anos. Uma idosa é, pois, atirada para um mundo que não conhece, certamente sem família ou amigos, sem hipóteses de encontrar trabalho, sem hipóteses de inserção na sociedade.

Os poucos comentários que li a este post da Sic Notícias no Instagram, deixaram-me petrificada. A crueldade exposta só não tem uma faca na mão como ela tinha.

Pergunto-me: será esta libertação uma benesse ou uma requintada forma de renovar o castigo?

14
Jul23

Senhor Ministro da Saúde, feche o Centro de Saúde de Sete Rios

Maria J. Lourinho

centro-saude2020.jpgSou fã fervorosa do SNS. O Hospital de Santa Maria já me salvou a vida e sempre usei centros de saúde. Porém, agora, fiquei sem médica de família, que se reformou em Outubro. Ainda não tinha precisado, mas hoje, estando doente da garganta, pelas 17h00, procurei uma consulta em Sete Rios. O que presenciei é indescritível de arrogância, desrespeito e falta de rumo.

À entrada, o segurança disse que tirasse uma senha mas que não respondia a mais nada; que fosse ter com os administrativos. Fui. Tinha a senha 200 e ia na 190. Há 6 postos de atendimento, mas só um ia funcionando, ora com um funcionário, ora com outro, que logo se levantava e desaparecia. Consegui dizer que tinha uma situação aguda. Ao fim de 45 minutos, estando em atendimento a senha 191 (louca velocidade no atendimento) foi transmitido aos presentes que as consultas para "agudos" tinham terminado. Quem quiser pode ir ao Hospital da Cruz Vermelha. Disse que queria. Então espere pela sua vez. Deitei rápidas contas à vida e pensei: se, em quase 1 hora só 1 pessoa foi atendida, para chegar à minha vez...não chega! porque isto fecha às 20h00. Disse-o e a funcionária respondeu: se não der, amanhã recomeçamos tudo às 8 da manhã com novas senhas.

Vim embora, com a certeza, agora já sem sombra de dúvida, que o governo socialista!!! quer deixar o SNS para os indigentes, porque só mesmo quem não tem nenhuns recursos se sujeita a isto.

Mesmo com poucos recursos humanos, era possível fazer uma coisa decente, se houvesse um director capaz de organizar minimamente o que existe,  e que percebesse a extrema importância da sua função.

Como notas para abrilhantar a prosa, ainda posso dizer que uma boa parte do telhado é de vidro, o que, nesta altura do ano dá um conforto suplementar.

O dispensador de água não tem copos desde o covid, tem de se pedir o copo ao segurança da entrada, que me deu um copo de café (julgo que) da Delta.

Senhor Ministro da Saúde, feche o Centro de Saúde de Sete Rios que só nos envergonha, e recomece tudo de novo.

Nós não somos gado, e merecemos um tratamento digno. Ao mantê-lo assim, é a sua dignidade que também está a sair lesada.

 

13
Jul23

E é isto

Maria J. Lourinho

De cada vez que o Sapo dá destaque a este blogue na sua homepage, aparecem por aqui à volta de 2000 portugueses.

Gosto que isso aconteça, é claro.

O post de ontem, sabia que era polémico por não ser a preto e branco, as duas únicas cores que os portugueses vêem, e estava preparada para isso mas, o que eu não sabia era que havia por cá tantos heróis do mar, valentões contra os canhões e etc. e tal.

Desgraçadamente, são quase todos anónimos, o que vai dificultar o recrutamento quando chegar o real chamamento às armas.

Vivendo e aprendendo.

PS: se não publiquei alguns comentários, peço desculpa. É que me baralhei um pouco entre telemóvel e computador.

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